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O candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) apresentou na tarde desta terça-feira (26) uma proposta para incentivar jovens entre 18 e 29 anos, que tenham deixado os estudos no Ensino Fundamental ou Médio, a retornar às salas de aula.

Segundo números da campanha de Aécio, há no país cerca de 20 milhões de pessoas nesta situação. Pelo projeto, integrado ao programa de governo do tucano como "Mutirão de Oportunidades", os jovens terão à disposição uma bolsa para retomar os estudos. O auxílio terá de seis meses a um ano de duração, com o pagamento de um salário mínimo por mês.

O candidato afirma que este projeto, voltado a quem deixou os estudos, é complementar a outro já implantado em Minas Gerais: o Poupança Jovem, que busca manter os jovens na escola. Como prêmio aos que persistem, o governo mineiro abre uma poupança de R$ 3.000 para aqueles que concluem o ensino médio, se cumpridos alguns requisitos. Em Minas, porém, essa experiência foi levada a apenas 1% dos municípios, conforme mostrou reportagem da Folha de S.Paulo nesta segunda.

"O programa não busca universalizar o atendimento a jovens em todos os municípios do Estado, ao contrário, nós buscamos atender aos jovens nas regiões de maior vulnerabilidade social. A meta é que esse programa alcance 10% dos alunos do Ensino Médio até o ano que vem, no final de 2015", explicou o candidato.

No Mutirão de Oportunidades, de acordo com Aécio, a origem dos recursos será do Plano Nacional de Educação, que terá de aplicar 10% do PIB em educação até 2014 e 7% até 2019. O propósito é possibilitar a qualificação em um sistema similar ao existente para mestrado e doutorado. "O país remunera com bolsas quem faz mestrado e doutorado porque reconhece a importância disso. Mas no caso de jovens, eles têm muitas vezes de trabalhar de dia e estudar à noite. Ficam sobrecarregados e não conseguem avançar. Por que não dar uma bolsa para que eles possam se dedicar de verdade a estudar", assinala o tucano.

Vantagem de Marina

Aécio conversou com a imprensa nesta terça-feira, no comitê carioca do Leblon, na zona sul do Rio, em sua única atividade externa do dia. Ele está apostando na campanha na cidade nos últimos dias: desde a sexta-feira ele vem realizando atividades na capital fluminense, intercaladas com viagens. Nesta terça à tarde, o tucano viajará para São Paulo, para participar de um debate.

Confrontado com os rumores de que Marina Silva (PSB) ampliou a vantagem sobre ele nas pesquisas de intenção de voto, disse seguir confiante de que estará no segundo turno. "É preciso mudar e apontar em que direção nós queremos esta mudança. Eu tenho absoluta convicção de que quanto mais claras ficarem as propostas, mais claro ficará que a nossa é aquela que poderá levar o Brasil para o resgate de sua credibilidade, impacta nos investimentos, na recuperação dos empregos. As nossas políticas públicas tem a capacidade de buscar a superação e não só a administração da pobreza. Vou dizer com absoluta sinceridade, cada vez acredito mais na nossa vitória".

Nesta segunda (25), Aécio havia comparado a candidatura de Marina a uma "onda". "Houve uma reviravolta no quadro eleitoral, ao menos circunstancialmente. Politica e eleições funcionam muitas vezes como o mar, as ondas vêm. No início do ano, ninguém no campo governista achava que ia ter segundo turno. Depois veio o nosso avanço e depois o episódio Marina", disse. Ele afirmou, contudo, que na segunda semana de setembro o quadro eleitoral estará mais próximo do que considera "real".

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