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Barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa, o candidato único à Prefeitura de Catanduvas (PR) renunciou nesta sexta-feira (5) à candidatura e escalou sua mulher como substituta. Nas urnas do município, localizado a 467 km de Curitiba, ainda aparecerá o nome e a foto de Olímpio de Moura (PMDB). Mas quem vai levar os votos é a pecuarista Noemi Schmidt de Moura, 57, que é filiada ao mesmo partido do marido.

Noemi nunca ocupou cargo eletivo, segundo a Justiça Eleitoral, mas foi secretária de Ação Social na gestão do marido, que foi prefeito da cidade de 1996 a 2004.

Olímpio já havia sido barrado neste ano pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) por ter sido condenado criminalmente por irregularidade em licitação durante o período em que administrou a cidade.

O ex-prefeito recorreu ao TSE, que indeferiu o registro de candidatura na sessão da última quinta-feira (4). Ele ainda poderia recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas preferiu renunciar.

A mulher de Moura pode substituí-lo porque ele não tentava a reeleição. Noemi concorrerá sub judice, pois sua candidatura ainda não foi julgada. De acordo com o chefe do cartório eleitoral, o nome dela pode ser contestado até a próxima quinta-feira (11).

Caso haja algum questionamento e Noemi seja barrada, ela não será diplomada prefeita, a eleição será anulada e uma nova votação deve ser marcada. O novo pleito poderia ocorrer somente no próximo ano.

Araras

Olímpio não é o único político com ficha suja a usar a mulher para driblar a lei.Em Araras (SP), Pedro Eliseu Filho, o Pedrinho Eliseu (PSDB), teve a candidatura barrada pelo TSE por ter sido cassado em 2009 por abuso de poder econômico quando era prefeito.

Em seu lugar, Pedrinho colocou a fonoaudióloga Suziela Gabriela Zorzo Eliseu, a Gábi Eliseu (PSDB), com quem é casado.

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