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Famosos e deputados bons de voto engrossam a campanha presidencial

Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) não estão atrás apenas dos concorrentes derrotados no 1º turno e dos governadores eleitos ou dos candidatos que disputam o 2º turno. Os "puxadores de votos" estão em todos os cargos eletivos e até fora deles. O tucano, por exemplo, vem circulando na campanha com o jogador Ronaldo. Já a petista tem o cantor Chico Buarque como cabo eleitoral. Entre os que conseguiram uma quantidade expressiva de votos, Aécio tem o apoio de Jair Bolsonaro (PP), eleito deputado federal no Rio com 464,5 mil votos; Marco Feliciano (PSC), terceiro colocado em São Paulo na disputa pela Câmara Federal com quase 400 mil votos; Romário (PSB), que conseguiu uma vaga no Senado com o apoio de 4,6 milhões de eleitores no Rio; e Alvaro Dias (PSDB), reeleito com 4,1 milhões de votos no Paraná. Já do lado de Dilma está o deputado federal reeleito Jean Wyllys (PSol), que teve 144,7 mil votos no Rio; Reginaldo Lopes, que se elegeu deputado federal em Minas Gerais com 310,2 mil votos. Em visita ao Paraná, anteontem, a presidente ainda conversou com a futura deputada federal Christiane Yared (PTN), eleita com 200 mil votos.

Na reta final da campanha de segundo turno, Aé­­cio Neves (PSDB) e Dilma Rous­­seff (PT) disputam a preferência dos eleitores voto a voto. Uma das estratégias dos presidenciáveis é conquistar o apoio dos chamados "puxadores de votos". Considerando a atração de candidatos a presidente derrotados no 1.º turno, o tucano saiu na frente. Mas a petista tem o apoio da maioria dos governadores eleitos e dos que disputam o segundo turno nos estados.

INFOGRÁFICO: Veja como ficou a distribuição de votos pelo Brasil

Entre os presidenciáveis derrotados, Aécio conseguiu cinco apoiadores. O mais importante é o da terceira colocada no 1.º turno, Marina Silva (PSB), que obteve 22 milhões de votos. Nos estados do Acre e de Pernambuco, em especial, a ex-candidata alcançou a preferência da maioria dos eleitores: 42% e 48%, respectivamente. Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV), Eymael (PSDC) e Levy Fidelix (PRTB)também apoiam o tucano. Juntos, eles fizeram quase 2 milhões de votos.

O cientista político da PUC-SP Pedro Fassoni destaca, porém, que a transferência dos votos dos presidenciáveis para Aécio não é automática, já que o eleitorado deles, em especial o de Marina, é "heterogêneo e volátil". "Tanto que ela disparou nas pesquisas no início e não conseguiu manter o eleitorado", diz. "Ninguém sabe melhor disso que a própria Dilma, que também parece não ter conseguido todo eleitorado do ex-presidente Lula", observa.

Governadores

Já a presidente Dilma não conseguiu o apoio formal de nenhum dos outros candidatos. A soma dos eleitores de três presidenciáveis que agora fazem campanha para o tucano e do eleitorado de Marina nos dois estados onde ela venceu o primeiro turno, porém, não chega, por exemplo, aos 5,3 milhões de votos obtidos por Fernando Pimentel (PT), aliado de Dilma eleito governador de Minas Gerais. O estado tem o segundo maior eleitorado do país e é considerado essencial para vencer a disputa presidencial.

Entre os candidatos aos governos estaduais que disputam o 2.º turno e governadores eleitos ainda na primeira etapa da eleição, a maioria faz campanha para Dilma: 24. Aécio tem o apoio de 15. Dois preferiram ficar neutros: o governador eleito do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e José Melo (Pros), que disputa o 2.º turno no Amazonas. Na soma de votos obtidos por apoiadores nos estados, a petista tem vantagem de 2 milhões de eleitores sobre o tucano.

Em São Paulo, estado com o maior número de votantes, Aécio tem Geraldo Alckmin (PSDB) como cabo eleitoral. Alckmin recebeu 12,2 milhões de votos e se reelegeu no 1.º turno, apesar de não ter conseguido transferir toda votação ao companheiro de partido na ocasião. Entre os outros 12 eleitos já no começo de outubro, Aécio tem ainda como aliados Paulo Hartung (PMDB), no Espírito Santo; Pedro Taques (PDT), no Mato Grosso; e Beto Richa (PSDB), que obteve 3,3 milhões de votos no Paraná.

Fassoni explica que a manutenção de palanques fortes nos estados é essencial para qualquer campanha. Ele ainda afirma que o apoio de governadores eleitos no 1.º turno, porém, tem dois lados. O positivo é que eles podem se dedicar exclusivamente à disputa presidencial, como cabos eleitorais. O negativo é que, fora da campanha no horário eleitoral do rádio e da tevê, não conseguem se comunicar com um público mais amplo, como fazem os candidatos a governador que disputam o 2.º turno em seus estados.

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