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Aécio Neves (à dir.) ao lado do governador Beto Richa durante a rápida passagem por Curitiba: duras críticas ao PT | Henry Milléo/ Gazeta do Povo
Aécio Neves (à dir.) ao lado do governador Beto Richa durante a rápida passagem por Curitiba: duras críticas ao PT| Foto: Henry Milléo/ Gazeta do Povo

Aceno

PSDB "abre as portas" para participação do PMDB na gestão tucana

O PSDB acenou ontem ao PMDB com a possibilidade de, num possível governo de Aécio Neves, vir a compor uma aliança com os peemedebistas no Congresso. O governador Beto Richa (PSDB) afirmou que, para manter a governabilidade de um eventual governo de seu correligionário Aécio Neves, o PMDB, que hoje integra a base aliada da gestão petista de Dilma Rousseff, não precisa ser excluído. Questionado se é possível governar com maioria no Congresso sem o apoio do PMDB, o governador destacou: "Eu acho que não precisa excluir o PMDB, porque há bons políticos dentro desse partido, como em qualquer outro. Há os bem intencionados, que querem o bem do país e correspondem com dignidade à confiança dos eleitores. Dá sim para fazer uma boa composição partidária que garanta a governabilidade a partir do Congresso Nacional, em altíssimo nível", ressaltou.

Durante passagem ontem por Curitiba, Aécio foi menos enfático sobre uma possível aliança no Congresso com o PMDB. Ele disse que ainda não pensou no papel que o partido desempenharia em um eventual governo. "A minha relação é com aquelas forças políticas que estão ao nosso entorno, não apenas partidárias, mas da sociedade brasileira. Estou honrado com todos os apoios que venho recebendo", disse. O PMDB está dividido entre apoios ao tucano e a Dilma, que tem o presidente do partido, Michel Temer, como candidato a vice.

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, aproveitou a sua quarta passagem pelo Paraná durante esta campanha, ontem, em Curitiba, para aumentar o tom das críticas ao PT e à gestão da presidente Dilma Rousseff, que busca a reeleição. Durante evento com lideranças e apoiadores no Expo Unimed, o tucano disse que o partido da sua oponente "não tem mais condições de governar" e que a eleição dele representará a "libertação do povo brasileiro". No primeiro turno, Aécio conseguiu 49,8% dos votos contra 32,52% da petista no Paraná.

Ladeado pelo governador Beto Richa (PSDB) e pelo senador Alvaro Dias (PSDB), ambos reeleitos recentemente com votações robustas, e em meio a outras lideranças tucanas, Aécio encampou novamente o discurso de Richa de que o Paraná foi vítima de preconceito do governo federal na liberação de empréstimos. "O prejuízo foi grande, mas poderia ter sido maior. Isso não irá acontecer em nosso governo. Faremos oito anos em quatro no Paraná", disse.

Aécio também voltou a citar a investigação que trata de desvios de verbas em licitações da Petrobras. "Os brasileiros estão envergonhados em ver o que se tornou a nossa maior empresa pública", comentou ele, que retrucou a afirmação de Dilma de que as denúncias da Petrobras estariam sido usadas como uma forma de "golpe" da oposição. "Só se for um golpe da democracia", disse, rindo. "Eles não admitem culpa de nada: a culpa é do fracasso da economia é da crise internacional, mesmo que os outros países estejam crescendo muito mais do que nós", disse. "O único legado deste governo será a inflação saindo do controle e a recessão da economia", emendou.

Apoio de Marina

Aécio falou também sobre o apoio que recebeu no último domingo de Marina Silva (PSB), terceira colocada na corrida presidencial com mais de 22 milhões de votos. Segundo ele, a união "foi a coroação de uma aliança pela democracia". "Não é uma aliança eleitoral, é uma decisão corajosa em favor do Brasil e de um projeto de mudança, que é o que as pessoas querem", afirmou, enfatizando que o acordo entre os dois não envolve troca de cargos e favores políticos. "Não houve nenhuma insinuação neste sentido. O nosso ponto de convergência é que é absolutamente essencial encerrarmos esse ciclo de governo e introduzir outro", disse o candidato do PSDB, avisando que deve se reunir ainda nesta com a ex-senadora.

Reação petista

O coordenador da campanha de Dilma no Paraná, deputado federal Dr. Rosinha (PT), negou que o governo federal tenha perseguido o Paraná na atual administração. Ele afirmou que as exigências para a liberação dos empréstimos foram as mesmas para todos os estados, e que o governador nunca cumpriu com a Lei de Responsabilidade Fiscal, nem quando era prefeito de Curitiba. "Geraldo Alckmin [governador tucano de São Paulo] recebeu os empréstimos mesmo sendo de oposição. O governo do Rio Grande do Sul é do PT e não recebeu os empréstimos", disse.

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