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Requião durante a votação: segundo assessores, ele recebeu a derrota de forma “serena” | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Requião durante a votação: segundo assessores, ele recebeu a derrota de forma “serena”| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Na casa do senador Rober­­to Requião (PMDB), no Bigor­­rrilho, em Curitiba, o clima ontem após a divulgação do resultado das urnas era de decepção pela derrota do peemedebista. Mas também de alegria pela eleição para a Assembleia Legislativa do filho dele, Maurício (PMDB), que concorreu ao cargo usando o nome Requião Filho. O senador não quis conversar com a imprensa depois que Beto Richa (PSDB) foi confirmado como governador reeleito já no 1.º turno. Durante a contagem dos votos, pelo portão, foi possível observar o senador indo de um local para outro da casa por duas vezes.

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Veja o resultado da apuração dos votos para governador na cidade de Curitiba

Respondendo a telefonemas, Maurício dizia que estava "metade feliz, metade chateado". Mesmo assim, o clima era de otimismo. O futuro deputado ressaltava várias vezes que o pai "continua senador" e chegou a brincar com os presentes dizendo que iria comemorar a votação junto com ocupantes de um carro que passou buzinando pelo local, comemorando a reeleição de Richa. No mesmo momento, um dos assessores fez questão de gritar "Taca-lhe o pau, Requião", remetendo ao mote de campanha do senador.

Por volta das 19h30, foi possível ouvir uma salva de palmas vinda de dentro da casa. Logo depois, Maristela, mulher do senador, ressaltou: "Agora vamos comemorar com o Maurício". Ao comunicar a imprensa que Requião não iria se pronunciar, um dos assessores disse que o candidato acompanhou a apuração tranquilamente e recebeu o resultado de maneira serena. Já o ex-secretário de Educação Maurício Requião, irmão do senador, revelou ao receber um telefonema que o candidato estava "chateadíssimo".

Por uma rede social, Re­­quião agradeceu aos 1.634.316 eleitores "de verdade" que votaram nele. "Cada voto foi muito importante", escreveu. "Lutamos até o último segundo; a única motivação era a vontade de colocar o Paraná de volta no rumo certo", ressaltou. Ao final, o senador afirmou que vai "continuar trabalhando" na Casa Legislativa – ele ainda tem mais quatro anos de mandato. A deputada federal Rosane Ferreira (PV), vice na chapa, também se manifestou pelas redes sociais. "Sigamos em frente!", escreveu.

Justificativas

Na manhã de ontem, depois de votar, Roberto Requião se mostrava confiante na possibilidade de ir para o segundo turno. Ele afirmou que Richa estava na frente nas pesquisas porque tinha mais tempo de propaganda eleitoral na TV e no rádio. O senador disse ainda que, além de concorrer com os adversários, teve que "enfrentar" outros órgãos na campanha. "Concorri com a imprensa e contra a má vontade do Tribunal Regional Eleitoral."

Para Marcelo Almeida (PMDB), candidato derrotado ao Senado na chapa do peemedebista, os mais de oito minutos de propaganda política também foram decisivos para a vitória de Richa no 1.º turno, além da coligação com 17 partidos. "Com muito partidos coligados, ele tinha muitos candidatos ao Legislativo distribuindo santinhos com seu nome", avaliou.

O coordenador de campanha de Requião, o ex-deputado estadual Hermas Brandão disse à noite que ainda não havia conversado com o senador para comentar o resultado das urnas. Ele atribuiu a derrota à falta de recursos para a campanha. "Os cargos comissionados fazendo campanha para o governador [Beto Richa] também fizeram muita diferença", disse.

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