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Puxado pelos mais de 1,5 milhão de votos de Celso Russomanno, o PRB alcançou nesta eleição seu melhor desempenho nas urnas e fez uma bancada de 21 deputados federais. Ligada à Igreja Universal do Reino de Deus, a sigla quase triplicou o número de cadeiras na Casa e se cacifa a ter mais espaço num eventual segundo governo da presidente Dilma Rousseff.

Popular por apresentar na televisão quadros de defesa dos direitos do consumidor, Russomanno amealhou 1.524.361 votos, ou 7,26% dos sufrágios válidos em São Paulo. Pelo coeficiente eleitoral, conseguiu vagas na Câmara para outros quatro correligionários e ajudou o PRB a eleger um total de oito parlamentares no Estado.

"Conseguimos fazer oito deputados em São Paulo, o número que tínhamos no Brasil inteiro", comemora o presidente da sigla, Marcos Pereira.

A estratégia para ampliar a presença no Legislativo teve como eixo Russomanno. Além de ser conhecido por parte da população por sua presença na TV, ele se elegeu deputado federal pelo PP em 2006, com mais de 573 mil votos, e terminou em terceiro lugar a disputa pelo governo do Estado quatro anos depois.

Arregimentado pelo PRB, Russomanno concorreu à prefeitura de São Paulo em 2012 e figurou como "azarão" nas pesquisas de intenção de voto. Ele conseguiu naquele ano 1,3 milhão de votos (21,6%). Depois do pleito no município, o quadro que Russomanno apresentava na Record, emissora também ligada a Universal, foi para um programa de alcance nacional.

"O Russomanno ajudou a nos sedimentar para que a gente comece a nos fortalecer", diz

Pereira.

Além de contar com o puxador de votos, o PRB conseguiu aumentar de tamanho ao reeleger sete dos 10 deputados que estão em exercício. Fora São Paulo, a bancada do partido a partir de 2015 terá representantes de Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Roraima, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins.

O PRB controla hoje o Ministério da Pesca, comandado pelo senador Eduardo Lopes (RJ). Ele é suplente do bispo licenciado da Universal Marcelo Crivella, que passou para o segundo turno na eleição para o governo do Rio de Janeiro. Ele vai enfrentar o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Questionado se o fortalecimento do PRB levaria o partido a pleitear mais espaço em um eventual segundo mandato de Dilma, Marcos Pereira disse que não é o momento de discutir o tema. Mas deixou um recado: "É natural que, quanto maior o seu espaço, mais você possa contribuir".

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