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Ademar Pereira, do Pros, é candidato a prefeito de Curitiba. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Ademar Pereira, do Pros, é candidato a prefeito de Curitiba.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O candidato à prefeitura de Curitiba, Ademar Pereira (Pros), insistiu em uma melhor gestão e aumento da eficiência dos serviços prestados pelo município. Ele participou de uma sabatina com jornalistas da Gazeta do Povo na manhã desta terça-feira (20).

Assista na íntegra à sabatina com Ademar Pereira

Dizendo-se “fruto da indignação e crítico da ineficiência dos gastos dos gestores da coisa pública”, ele diz apostar em terceirizar os serviços para a iniciativa privada, como no caso de pagar vale-creche e liberar vans como alternativa ao transporte público. Para ele, os serviços na cidade “ainda precisam melhorar muito” para ficarem ruins.

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Empresário e proprietário de duas escolas e de um espaço para eventos, Pereira disse que Curitiba é “tóxica” para a iniciativa privada. “A cidade não funciona em quase nada”, avalia. Ele citou a dificuldade em aprovar projetos para abrir uma loja, um alvará da vigilância sanitária ou um processo que passa pelas finanças, quase sempre exemplos voltados para o mundo empresarial. “Quando você demora um ano para dar um alvará de construção ou funcionamento, a prefeitura deixa de arrecadar”, diz.

A arrecadação, aliás, voltou à pauta na segunda metade da entrevista, quando o candidato afirmou ser necessário repensar o aumento do IPTU. “O imposto não pode ser uma coisa tão dolorida para a sociedade. O ISS tem que ser usado como atrativo para políticas setoriais”, defende.

Quando indagado a respeito de suas propostas para a educação, Pereira defendeu “serviços ao invés de obras”. Segundo ele, é mais barato e eficiente pagar vale-creche para escolas particulares do que construir e contratar em novos CMEIs. O candidato pretende abrir mais 9 mil vagas pagas pela prefeitura em creches privadas, caso seja eleito.

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Ao ser questionado sobre um possível conflito de interesses, já que ele já foi inclusive presidente do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe) e poderia ser acusado de beneficiar esse setor, ele alega que “não é pecado ganhar dinheiro” e que não vê problemas, já que atenderia as mães que precisam trabalhar. “Nem são muitas as escolas particulares que aceitariam, porque não têm vagas”, alega. “A sociedade paga muito caro pela escola municipal e o serviço é muito pior. Falta foco no usuário”, critica.

O candidato ainda falou sobre saúde, afirmando que o problema “não é falta de dinheiro, é falta de gestão” e sobre o sistema de coleta e tratamento de lixo de Curitiba, que considera “aberração”. “De modelo ‘lixo que não é lixo’, passamos para um modelo de trabalho escravo. São pessoas que trabalham para catar papel, ganhando pouco, trabalhando sem treinamento ou segurança, porque precisam de R$ 30 para pagar as contas”, comentou.

“Hoje só conseguimos separar 7% do lixo, sendo que já separamos 20%. Transportamos lixo para Mandirituba, a 40km, com enorme impacto ambiental, para depositar no aterro sanitário, que é o lixão moderno”, continuou.

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Ele propôs como solução a implantação de cinco plantas biossustentáveis pela cidade para gerar adubo e energia a partir do lixo, e garante que em sete anos todo esse sistema estará pago.

No transporte público, as propostas também se baseiam na iniciativa privada. Foram citadas ideias como a prefeitura criar um aplicativo para incentivar caronas e a regularização do Uber, além de ter projetos independentes à prefeitura, como a sociedade civil se organizar para fretar ônibus menores.

Para o transporte coletivo, o candidato defendeu a implantação do bilhete único e não vê impactos financeiros na decisão. “Se o usuário já banca o sistema atualmente, com duas passagens por dia, qual o problema de ele pegar mais ônibus?”, questiona.

Pereira falou da necessidade de se mudar o modelo do transporte, que segundo ele está em falência, e inclusive sugere a criação de “estações”, no modelo de shoppings, para financiar o sistema. “Eles [a prefeitura] têm um monte de justificativa para tudo o que não querem fazer”, criticou.

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