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Greca (à esq.) e Fruet | Montagem - Henry Milléo/Gazeta do Povo
Greca (à esq.) e Fruet| Foto: Montagem - Henry Milléo/Gazeta do Povo

No último fim de semana, a guerra eleitoral entre os dois principais candidatos à prefeitura de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT) e Rafael Greca (PMN), aumentou. O foco principal está, novamente, em torno do dia 29 de abril de 2015, dia que ficou conhecido como “Batalha do Centro Cívico” por ter deixado mais de duas centenas de feridos.

Fruet subiu o tom com duas inserções eleitorais na programação da TV aberta e nas redes sociais onde tenta desmentir a edição de um vídeo usado pela campanha de Greca, que aponta para uma falta de atitude do prefeito diante dos feridos daquele dia.

A resposta do candidato a reeleição acusou a do Greca de usar “truques de edição” para fazer suas acusações. No vídeo do concorrente do PMN, Fruet aparece na famosa imagem concedendo uma entrevista à rádio Banda B por um orelhão de dentro da prefeitura. Duas frases ditas pelo prefeito, em momentos diferentes, são editadas e unidas.

Assista ao primeiro vídeo postado pela campanha de Fruet

“A propaganda de Rafael Greca diz que no dia 29 de abril o prefeito estava no subsolo da prefeitura. O que a propaganda de Rafael Greca não diz é que uma enfermaria foi improvisada no subsolo da prefeitura para atender os professores que foram vitimas da violência praticada naquele dia. O prefeito Gustavo Fruet estava lá”, afirmou no segundo vídeo a campanha do prefeito.

“Se aconteceu, me desculpem”, afirma Greca sobre edição

Na manhã desta segunda-feira (19), o candidato do PMN afirmou durante a sabatina na Gazeta do Povo que não acompanha a edição dos vídeos de campanha e, por isso, não poderia afirmar se houve ou não truque de edição. “Não acompanhei isso porque estou na rua, não edito programa eleitoral. Não dá tempo. Vivo nos bairros, nas ruas, não dá tempo. Se aconteceu, me desculpem, mas a minha visão é que eu fui para o meio da praça e o prefeito ficou na prefeitura. Você diz que ele ficou socorrendo feridos. Bendito seja. Eu teria impedido (que houvesse) os feridos”, disse. Em seu Facebook, a campanha de Greca afirma aos eleitores que não houve edição da fala de Fruet.

Posicionamento semelhante foi tomado pela coordenação da campanha do ex-prefeito, que afirmou nesta tarde que não houve edição maldosa da fala do prefeito. “O vídeo foi uma resposta à peça da campanha eleitoral do candidato Gustavo Fruet, que se utilizou deste lamentável e vergonhoso episódio com imagens jornalísticas amparadas por imagens produzidas, dando ao filme um tempero sensacionalista e vulgar”, diz em nota.

Ainda segundo o texto, não houve manipulação de imagem. “Houve corte e edição do filme original. A acusação do candidato Gustavo Fruet foi uma clara tentativa de manchar a biografia do Rafael Greca, árduo defensor dos professores e da nobre causa da educação”. A coordenação de campanha de Greca afirmou que é versão contada de que uma frase retirada de trechos diferentes e emendados não é verdadeira. De acordo com ela, o trecho que supostamente é acusado de ser editado foi retirado da peça da campanha do Fruet.

Sobre o pedido de desculpa de Greca, a campanha de Fruet questionou como o candidato do PMN poderia administrar a prefeitura “se não controla a própria propaganda eleitoral no rádio e na TV, como irá administrar a prefeitura de Curitiba”.

Assista ao segundo vídeo postado pela campanha de Fruet

APP-Sindicato quer que batalha sirva de exemplo

Uma das diretoras da APP-Sindicato, órgão que representa a categoria dos professores do Paraná, Marlei Fernandes, afirmou que espera que o dia 29 de abril de 2015 sirva de exemplo para os próximos governantes não tratarem os educadores como naquela data. “Foi um dia muito triste, mas as imagens são públicas e não há como controlar o uso delas. Não queremos que aquilo se repita e que não sirva apenas para o momento eleitoral”, afirmou.

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