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Evento com os candidatos na Casa do Estudante Universitário (CEU) | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Evento com os candidatos na Casa do Estudante Universitário (CEU)| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Começou nesta sexta-feira (26) o período de veiculação da propaganda eleitoral gratuita em rádio e TV. Neste ano, o período de propaganda gratuita é menor e vai até o dia 29 de setembro. Os candidatos à prefeitura de Curitiba reclamaram do encurtamento em um evento promovido pela Casa do Estudante Universitário (CEU).

Para os candidatos, a nova legislação eleitoral é antidemocrática. “São as leis feitas pelos eleitos. A campanha hoje busca de todas as maneiras garantir a quem já tem nome, a quem já tem cargo, a facilidade. É completamente antidemocrático o novo sistema”, disse o deputado Requião Filho (PMDB).

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“A mudança da lei eleitoral viola a democracia, no sentido de que não garante acesso à informação de todos os candidatos”, disse a candidata Xênia Melo (PSol). No primeiro dia de veiculação, o PSol ficou de fora do horário eleitoral gratuito pela manhã. “A gente não optou, a gente teve uma dificuldade com o TRE [Tribunal Regional Eleitoral] de ter alterado em cima do tempo as regras de entrega. O que o TRE faz é uma falta de respeito aos partidos que não possuem estruturas milionárias”, reclamou a candidata. Segundo Xênia, a situação estará normalizada ainda nesta sexta-feira no horário da segunda exibição da propaganda eleitoral em TV.

“A propaganda eleitoral é um espaço democrático onde todos os candidatos teriam a mesma chance de apresentar suas propostas. Infelizmente o sistema foi desvirtuado e hoje se vende o tempo desse ou daquele partido para esse ou aquele candidato que tem o poder de garantir mais estrutura para outros candidatos”, reclamou Requião Filho.

Para o deputado Tadeu Veneri, candidato do PT à Prefeitura, o horário eleitoral gratuito é importante para mostrar as propostas à população. “As pessoas passam a ver que há propostas que são feitas que são absolutamente inexequíveis, outras são contraditórias”, disse. Segundo ele, a diminuição do tempo da propaganda eleitoral não é tão ruim. “Eu acho que não é necessariamente ruim porque o horário eleitoral precisa deixar de ser visto como a única salvação no que diz respeito a relação com o eleitorado. Aquilo que não construímos todos os dias debatendo com a população não vai ser diferente no processo eleitoral”, disse.

O vereador Paulo Salamuni (PV), candidato a vice na chapa do atual prefeito Gustavo Fruet (PDT), frisou a necessidade dos candidatos serem mais diretos nas propagandas eleitorais. “A menor distância entre dois pontos é uma linha reta, é ser direto, dizer a que veio. Vai ter que ter essa comunicação direta”, disse. “ é uma campanha diferente. Tudo muito rápido, piscou, passou. Vamos esperar que o eleitor tenha a condição de assimilar essa nova forma de fazer eleição”, completou.

O candidato Ademar Pereira (Pros) analisa que o horário eleitoral mais curto não deve impactar no resultado das eleições. “As pessoas não assistem mais. Tem um componente psicológico que marca o início da campanha, as pessoas começam a falar de política, mas com a TV a cabo, a vida na cidade muito agitada, as pessoas deixam de assistir”, afirmou.

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