Contrariando “tradição”, Greca promete funcionário de carreira no comando da Urbs

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O candidato à prefeitura de Curitiba, Rafael Greca, voltou a falar sobre o papel da Urbs, dessa vez em uma postagem no Facebook, na qual prometeu que a empresa da prefeitura será gerida por um funcionário de carreira. Se isso de fato ocorrer, não será um fato inédito na empresa. Mas é pouco comum na história da Urbs.

A postagem de Greca a última terça-feira (11) foi feita logo após o candidato se reunir com funcionários da Urbs e da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran).

“Me reuni [sic] com funcionários da Urbs e Setran para ouvir as principais reivindicações desses colaboradores do trânsito e transporte de Curitiba. Reafirmei meu compromisso de oferecer melhores condições de trabalho, viaturas confortáveis, salários e reajuste em dia. Valorização dos funcionários de carreira. A Urbs será gerida por um funcionário da casa.”

É justamente o final do texto que mais chama a atenção. Em toda a sua história, a Urbs teve 18 presidentes. Funcionários antigos da empresa lembram que apenas um deles era de carreira. Hoje aposentado, Antonio Carlos Pereira de Araújo ocupou a presidência da Urbs em duas oportunidades: de maio a julho de 1992 e de outubro de 1996 a janeiro de 1997. Nas duas oportunidades, o prefeito era Rafael Greca. Araújo também foi diretor de Transportes na empresa.

Houve outros presidentes que foram funcionários de carreira da prefeitura ou de órgãos ligados a ela, como o Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Mas, segundo funcionários da empresa, nenhum outro construiu sua carreira dentro da própria Urbs.

A Urbs foi criada em 1963 como Companhia de Urbanização e Saneamento com atuação na infraestrutura urbana, obras, paisagismo, iluminação e habitação. Em 1972, a área de saneamento foi desmembrada e a empresa passou a responder apenas pela infraestrutura. Ela foi responsável em boa parte pela implantação da Cidade Industrial (CIC) de Curitiba. Foi em 1980 que a empresa acabou transformada em Sociedade Anônima, com 99,99% do capital pertencendo ao município. Ela viria a se tornar a responsável pelo planejamento, operação e fiscalização do transporte em 1986, quando o prefeito era Roberto Requião.