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Fernando Francischini quer implantar em Curitiba a política de tolerância zero. | Antônio More/Gazeta do Povo
Fernando Francischini quer implantar em Curitiba a política de tolerância zero.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O deputado federal Fernando Francischini (SD) promete implantar em Curitiba uma política de tolerância zero, aos moldes do programa implantado em Nova York entre 1994 e 2002 pelo então prefeito republicano Rudolph Giuliani. “Sou fã dele. Vai ser o plano mais ousado que vou ter [o tolerância zero]. Queremos implantar a mesma política aqui”, disse o deputado.

Francischini, que participou na segunda-feira (25) da série de sabatinas realizadas com os pré-candidatos a prefeito de Curitiba, também comentou sobre a chamada “batalha” do Centro Cívico, em 29 de abril do ano passado, quando 213 manifestantes ficaram feridos. À época, ele era secretário da Segurança do governador Beto Richa (PSDB).

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O sr. diz que a PM agiu em 29 de abril porque foi provocada. Como o sr. explica isso?

A verdade é: a Polícia Militar agiu corretamente porque teve que conter uma invasão. Nós cumprimos uma ordem judicial. O governador me chamou dias antes pessoalmente e me determinou que cumprisse a ordem judicial que a Assembleia apresentava. Cumpri a determinação e tomei todas as providências para que não acontecesse um confronto. Eu acho que ela foi positiva no sentido de nós não temos a história de um massacre, não morreu ninguém, ninguém ficou ferido com gravidade, com sequelas definitivas. Temos testemunhas no processo relatando que acompanharam vários ônibus vindo de assentamentos rurais do MST do interior. Quer dizer, o braço armado de invasão de terra e depredação. O que tem a ver o MST com uma manifestação? Então, lamentamos o que ocorreu, porque nós nunca podemos aceitar que alguém saia ferido. Mas o que eu sempre acreditei é que quem fez toda aquela balburdia não é professor.

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Veja os principais trechos da entrevista com Fernando Francischini, pré-candidato a prefeito de Curitiba

O deputado federal dá sua versão para o 29 de abril, diz que Fruet apostou na indústria da multa e promete "tolerância zero"

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A Lava Jato e o impeachment influenciam a eleição municipal?

Vai ter toda a influência, porque nós não podemos mais debater o buraco da rua, a falta do médico no posto de saúde, sem debater a política nacional. O Mais Médicos, por exemplo, que é um programa de marketing do governo pra mandar dinheiro pra Cuba. Em Curitiba, em 1.° de janeiro [data da posse], vou convidar os 38 médicos [da cidade] para virarem refugiados e se libertarem do ditador cubano. E os hospitais? O SUS não está repassando para a prefeitura que deixa de repassar para os hospitais, e a dívida é milionária. Então o debate tem que ser também federal.

Qual é a sua avaliação da gestão de Gustavo Fruet?

Ele é muito fraco como gestor. Era um ótimo deputado federal pelo PSDB. Mas uma grande decepção como prefeito. O PT está infiltrado nessa administração inteira.

GALERIA: Veja fotos da entrevista com Francischini

É possível baixar a tarifa do ônibus?

A desintegração foi o pior erro da gestão do Fruet. Vou pedir ao governador que faça a reintegração. Tem ainda que sentar com os donos das empresas de transporte e falar: “Olha, não adianta só na campanha vir ajudar e depois virar esse jogo de fingir que está em greve, a prefeitura finge que acredita e a Justiça dá uma ordem pra reajustar”. Não. Nós temos que ver onde dá pra cortar para não precisar dar aumento.

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Rápidas

Um lugar para passear?

Vou todo

domingo de manhã com meu filho no Barigui?

Um museu?

O meu museu é o do Expedicionário.

Uma praça?

A Santos Andrade, é a praça da minha infância.

Um ponto turístico?

O Passeio Público, é um jardim a céu aberto.

Um bairro?

Gosto muito do Centro da cidade.

Um restaurante?

Madalosso e Dom Antônio.

Em que bairro o sr. mora e o que falta lá?

Mossunguê. Tem 10% de residências sem ligação fossa séptica.

Do que o sr. mais gosta na cidade?

Da cidade como um todo.

O sr. é a favor do metrô?

Tem que ter metrô. Mas o custo é bilionário pra você fazer uma obra com escavação. A saída mais rápida, barata e eficaz é o metrô de superfície.

A associação de bares e casas noturnas falou que tinha que tirar os moradores de rua à força. Como o sr. vê isso?

Sou um fã do Rudolph Giuliani, e vai ser o plano mais ousado que eu vou ter, vai ser meu plano na área de segurança. Vamos botar o tolerância zero no formato original, que é muito polêmico, aqui em Curitiba. Daí eu volto pra questão. A Abrabar [a associação] estava correta? Estava. Não retirar à força, mas a Fundação de Ação Social tem que ter o treinamento. Os funcionários têm que ter respaldo da chefia pra poder fazer uma negociação bem feita com esse morador de rua para levá-lo para um abrigo . Mas [eles] não [podem ficar] ali [nas ruas], defecando, urinando. Ninguém mais vai entrar naquele comércio.

Como seria o Tolerância Zero em Curitiba?

Começando por uma limpa no Centro da cidade, cassando alvarás de botecos que vendem drogas, hotéis que vivem da prostituição, recolher moradores de rua e encaminhar para abrigos. Pedir operações da Polícia Militar. Vai começar do Centro e vai para as periferias. Como? Ataque ao tráfico de drogas, a pequenos furtos. Porque esses pequenos crimes abastecem o crime na cidade como um todo.

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