‘Medo de reeleição’ bate recorde e 30% dos prefeitos desistem de concorrer

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Um estudo realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) neste mês de agosto revelou que atuais prefeitos de cidades brasileiras estão menos dispostos a tentar a reeleição, na comparação com os números dos dois últimos pleitos, em 2008 e 2012.

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O levantamento foi feito em todos os municípios onde o chefe do Executivo exerce o primeiro mandato e, portanto, pode concorrer novamente ao mesmo cargo: caso de 4.024 cidades, entre 5.568 existentes em todo o país. Nas 4.024 cidades, apenas 2.768 prefeitos pretendem disputar a reeleição, o que representa 68,79% do total, índice inferior aos 73,2% registrados em 2012 e aos 76,9% de 2008.

A CNM agora aguarda a divulgação dos registros oficiais de candidaturas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para saber se o número de fato se concretizou. As inscrições ao pleito de outubro próximo no TSE terminaram nesta semana.

Para a CNM, a “crise financeira aguda” tem ligação com a tendência de queda da participação dos candidatos à reeleição. Ao serem questionados sobre os motivos que os levam a desistir da disputa, a maior parte (35,4%) alega “dificuldades de gestão”.

“Esses fatos preocupam bastante a CNM e devem preocupar toda a sociedade brasileira, pois evidenciam que, independente de quem assuma o governo, tais problemas tendem a se perpetuar”, diz trecho do estudo.

Paraná

O maior porcentual de desistência é o do estado do Rio Grande do Sul, 39,22%. Já em Roraima há apenas uma desistência de candidatura. No Paraná, onde há possibilidade de reeleição em 289 das 399 cidades, o percentual também é mais alto do que o brasileiro. Dos 289 prefeitos no primeiro mandato, 225 pretendem concorrer à reeleição (77,85%).