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Fruet entre Chico do PV, presidente estadual do partido, e a deputada federal verde Leandre. | Antônio More/Gazeta do Povo
Fruet entre Chico do PV, presidente estadual do partido, e a deputada federal verde Leandre.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), admitiu neste sábado (23) a possibilidade de negociar o apoio do PSDB do governador Beto Richa para sua campanha de reeleição. Sem citar nomes abertamente, Fruet também distribuiu alfinetadas no pré-candidato Rafael Greca (PMN) e fez críticas a quem afirma que a atual gestão desintegrou o transporte metropolitano – caso do deputado estadual Requião Filho (PMDB), que vai concorrer à prefeitura. Greca e Requião Filho são dois dos principais adversários do prefeito nesta eleição. As declarações de Fruet foram dadas durante a convenção municipal do PV, que selou a coligação entre os verdes e o PDT na disputa pela prefeitura.

Em discurso aos candidatos a vereador do PV, Fruet destacou que, para mostrar para os eleitores tudo o que fez durante sua gestão, precisa de tempo de tevê na propaganda eleitoral gratuita – o que exigirá que se coligue com mais partidos. “Vamos construir uma aliança mais ampla do que na eleição passada [Fruet se elegeu numa coligação que incluía o PDT, o PV e o PT]”, disse o prefeito. “Mas essa aliança não vai entrar em contradição. Sabemos com quem não vamos.”

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Questionado posteriormente com que partidos o PDT não vai se aliar, Fruet foi evasivo. Mas não descartou a possibilidade de se coligar com o PSDB de Richa – com quem manteve um relacionamento tenso sobretudo na questão do subsídio pago pelo estado para manter a integração do transporte coletivo de Curitiba com os municípios da região metropolitana. “Nós já estivemos juntos em outras eleições”, disse Fruet, que antes de entrar no PDT era filiado ao PSDB.

O prefeito destacou que tem mantido conversas com vereadores tucanos e que recentemente se encontrou com o governador para tratar de demandas de Curitiba. Mas afirmou que, apesar disso, não há negociação em andamento para uma coligação eleitoral.

Além do PV, nenhum outro partido oficializou coligação com o PDT até agora. Mas o PTB já decidiu que irá apoiar Fruet. O PPS deve seguir o mesmo caminho. Há ainda negociações de bastidores com o DEM. O PT, que estava com Fruet em 2012, decidiu lançar candidato próprio.

O prefeito admitiu que a escolha do candidato a vice vai passar pelas negociações para compor a aliança. O PV, por exemplo, já discute internamente três nomes para oferecer a Fruet: os do vereador Paulo Salamuni, do ex-deputado federal Marcelo Almeida (que deixou o PMDB) e de Caroline Arns, filha do ex-senador e ex-vice-governador Flávio Arns.

Alfinetadas

Fruet também fez críticas a adversários sem citar seus nomes. “Nesta eleição, haverá muita retórica. Haverá pessoas que vão falar alto, que vão vender terreno na Lua. Mas nós temos de perguntar o que eles fizeram por Curitiba”, disse o prefeito.

O pré-candidato a prefeito pelo PMDB foi alvo de indiretas. O prefeito reclamou daqueles que trabalham com a desinformação, dizendo que o transporte urbano e metropolitano de Curitiba foi desintegrado pela atual gestão. Requião Filho já usou esse discurso recentemente, inclusive em propagandas de seu partido. Assessores de Fruet disseram que Fruet também se referia a Greca e ao ex-prefeito Luciano Ducci (PSB), que também usam esse argumento contra o atual prefeito. Ducci se aliou a Greca nesta eleição.

Greca também não escapou de outra alfinetada do prefeito. “Quem descumpre a lei eleitoral, o que vai fazer na prefeitura se for eleito?”, questionou o pedetista. Recentemente, o pré-candidato do PMN foi multado pela Justiça Eleitoral por campanha antecipada.

Esclarecimento

Assessores de Fruet procuraram a reportagem da Gazeta do Povo para esclarecer que Fruet não se referiu no discurso ao senador Roberto Requião (PMDB) ao afirmar: “Tem ex-prefeito que ficou três anos no Senado. O que ele fez para Curitiba?”. A reportagem interpretou a declaração como uma referência a Requião (que foi prefeito de Curitiba) e ao período do atual mandato de Fruet (que completou três anos e meio). A interpretação de que se tratava de uma alfinetada ao senador havia sido registrada nesta reportagem. Posteriormente, a assessoria do pedetista explicou que Fruet se referia a Greca, que é ex-prefeito e foi funcionário do Senado por três anos. À época, o atual pré-candidato do PMN foi contratado pelo gabinete de Requião.

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Vereadores do PV

Na convenção, além de formalizar a aliança com Fruet na disputa pela prefeitura, o PV homologou a chapa de 57 candidatos a vereador (39 homens e 18 mulheres). Na disputa por cadeiras na Câmara Municipal, o PV não estará coligado com nenhum partido. Segundo o vereador Paulo Salamuni, presidente do partido em Curitiba, a intenção é eleger 4 candidatos. Hoje, o PV tem três vereadores: Salamuni, Aladim (que não vai disputar a reeleição) e Cristiano Santos.

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