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Leprevost e Greca: o primeiro aposta em Ratinho Junior; o segundo, em Fernanda Richa. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Leprevost e Greca: o primeiro aposta em Ratinho Junior; o segundo, em Fernanda Richa.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

A partir desta segunda-feira (24), os candidatos Rafael Greca (PMN) e Ney Leprevost (PSD) têm sete dias para conseguir conquistar os votos de indecisos e de pessoas que não votaram no primeiro turno das eleições. Eles deverão usar todas as suas armas para conseguir um “sprint” final na corrida eleitoral. Por isso, aproveitarão ao máximo seus famosos puxadores de votos, como a primeira-dama do Paraná Fernanda Richa e o secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano Ratinho Junior, além de tentar se desqualificar entre si. Carreatas, caminhadas e muito papo serão muito usados. É como avaliam os cientistas políticos da PUCPR e da UFPR ouvidos pela reportagem da Gazeta do Povo, Eduardo Soncini Miranda e Bruno Bolognesi.

No primeiro turno, 360.348 (votos nulo, branco e abstenções) eleitores de Curitiba não votaram em um dos oito candidatos que concorreriam. O número foi quase 50% superior em relação a 2012. Na última sexta-feira (21), a primeira pesquisa Ibope/RPC apontou que o candidato do PSD está com 53% das intenções de voto contra 47% para Greca.

Amostras dessas estratégias já foram postas na mesa durante a semana passada, com a presença de Fernanda em um programa eleitoral de Greca e de Ratinho em caminhadas com Leprevost. Segundo Bolognesi , os puxadores de voto não significam simplesmente transferência de votos diretos, mas abertura de portas com influência, rede de contatos e recursos, uma máquina a mais à disposição das campanhas.

Desqualificações

“O sprint final desta corrida eleitoral terá foco também nas desqualificações e ataques. Leprevost vai ter que reagir. Talvez não na mesma moeda que receberá, mas precisará revidar”, ponderou Bolognesi. Isso, aliás, já começou a ser feito por Leprevost no fim de semana.

Bolognesi mencionou a campanha de 2000, disputada no segundo turno entre o prefeito Cássio Taniguchi, no então PFL, e Ângelo Vanhoni (PT). De acordo com Bolognesi, naquele ano, um dos fatores analisados na derrota petista foi a falta reação de Vanhoni ao ser atacado no último debate. Acabou perdendo. Nesta última semana, pelo menos um debate na televisão deve ocorrer, na RPC TV, sexta-feira (28), a dois dias do pleito.

“Greca precisará repaginar também a história do vômito, porque o tema pode voltar a ser explorado. O Leprevost também tentará revidar cada ataque, mas vai valorizar os índices de pesquisas que supostamente o beneficiam”, explicou Miranda.

De acordo com Miranda, a inexperiência em cargo executivo do candidato do PSD vai ser um tema exaurido pelo Greca. O objetivo será tentar mostrar a similaridades com Fruet.

“Agora todos vão colocar o que têm de mais forte nas áreas”, disse Miranda. Na avaliação dele, não há como guardar cartas durante a última semana.

Região Sul

É provável que a região sul da cidade seja disputada eleitor a eleitor pelos dois concorrentes. No primeiro turno, Leprevost foi derrotado por Greca em 66 dos 68 bairros de Curitiba em que há votação.

As maiores diferenças aconteceram do Centro para o Sul da capital. É justamente nesses bairros que Ratinho venceu Gustavo Fruet (PDT) quatro anos atrás com ampla vantagem, mesmo não tendo sido eleito prefeito. Segundo Bolognesi, o candidato Greca, no entanto, tentará manter a manutenção dos seus votos naquela região. Os candidatos ainda não divulgaram a agenda desta semana.

Ficha técnica

* A pesquisa foi contratada pela Sociedade Rádio Emissora Paranaense S.A e foi realizada entre os dias 18 e 20 de outubro com 805 eleitores. A margem de erro da pesquisa estimulada é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) sob o protocolo Nº PR-08766/2016.

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