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Na foto, da esquerda para a direita, a Priscilla Mayer ,de 21 anos, estudante de Publicidade, Carolina Tarasuk ,de 27 anos, instrutora de inglês e voluntária, o Diego Baptista, de 31 anos, o articulador, a Andressa Mendes de 21 anos, estudante de urbanismo e mobilizadora e a Amanda Malucelli de 27 anos, facilitadora de aprendizagem | Antônio More/Gazeta do Povo
Na foto, da esquerda para a direita, a Priscilla Mayer ,de 21 anos, estudante de Publicidade, Carolina Tarasuk ,de 27 anos, instrutora de inglês e voluntária, o Diego Baptista, de 31 anos, o articulador, a Andressa Mendes de 21 anos, estudante de urbanismo e mobilizadora e a Amanda Malucelli de 27 anos, facilitadora de aprendizagem| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Colocar o cidadão como protagonista na elaboração de soluções para a cidade, apostando naquilo em que a sociedade têm em comum e respeitando as diferenças. Com essa missão, a organização não governamental Sociedade Global desenvolve desde maio a campanha “Todos fazem parte”, usando uma metodologia própria para gerar propostas colaborativas envolvendo a sociedade organizada e cidadãos interessados de Curitiba.

“Hoje os mecanismos existentes são insuficientes para garantir participação genuína nos processos decisórios. É necessário experimentar outros formatos de participação”, afirma Diego Baptista, articulador da Sociedade Global. Segundo ele, hoje há uma demanda crescente por participação, e muitas pessoas procuram espaços que não sejam polarizados ou contaminados pelo radicalismo. “É preciso superar a falta de diálogo e da cultura do embate, que não permite a sociedade evoluir respeitando as individualidades”, explica Baptista. “Em vez de fortalecer a diferença, acreditamos que é preciso construir uma agenda entendendo o outro e buscando pontos comuns”.

A campanha trabalha em três etapas. A primeira delas, de maio a agosto envolveu 30 parceiros e 220 pessoas que discutiram 21 áreas temáticas, a fim de se elaborar um diagnóstico colaborativo e estabelecer diretrizes estratégicas para a capital.

Na segunda etapa, até o fim de setembro, o trabalho da primeira fase será estruturado em propostas concretas. Foram agendadas para esta fase discussões virtuais e presenciais para delas as ideias serem transformadas em soluções utilizando técnicas de crowdsourcing, inovação aberta e laboratórios de inovação social, realizando pesquisas de campo e testando propostas.

E, por fim, num terceiro momento, entre outubro e dezembro, os envolvidos alinham responsabilidades compartilhadas para viabilizar a implementação das soluções formando times inter-setoriais com atores da academia, governo, empresas e cidadãos. No caso de as soluções apresentadas serem de competência do Poder Público, as entidades e pessoas se comprometem a influenciar e envolver os órgãos competentes para que sejam implementadas.

“Mas a estratégia fundamental é gerar a autonomia e empoderamento da sociedade em um novo modelo de governança para uma Curitiba mais justa, sustentável e democrática”.

Para Diego Baptista, esse processo em três fases permite a construção de soluções que sejam trabalhadas de forma integrada e colaborativa pelos diversos atores, reduzindo o desperdício de recursos, esforços e talentos.

“O objetivo é conseguir transformar a cultura da cidade pela participação das pessoas na criação de inovações sociais, de políticas públicas e do fortalecimento do capital social”, afirma. Baptista entende que o cidadão, ao se reconhecer como parte do problema, consegue se colocar também como parte da solução “É preciso de compreensão mútua para que a sociedade consiga vencer desafios e transformar a educação, a participação cidadã, o planejamento urbano e outras questões centrais da sociedade. Assim, podemos criar uma nova cultura de consciência coletiva na cidade”.

Jovens com propósito pessoal alinhados à carreira

A publicitária Amanda Malucelli passou a fazer parte da Sociedade Global depois que participou em 2011 do Jovens Profissionais do Desenvolvimento, programa da entidade para aqueles que querem ter uma carreira voltada para ações impacto social. Ela começou a trabalhar na entidade em 2012 e nos quatro anos seguintes passou a coordenar as atividades do projeto. “O que me atraiu foi que, assim como eu, há uma geração de pessoas que veem a sociedade diferente, que buscam seus próprios caminhos para transformar a sociedade”, afirma Amanda.

As novas gerações procuram adequar o propósito e os valores de vida com o trabalham que realizam. Conectada a esse dado de realidade, a Sociedade Global criou o Jovens Profissionais do Desenvolvimento. Segundo Amanda, o programa aborda não só competências focadas no desenvolvimento humano, como se pauta em valores, independentemente se a pessoa vai ser empreendedor, vai ingressar em uma entidade do terceiro setor ou se vai procurar uma vaga em empresas. “O principal é que a pessoa queira ter habilidades voltadas para o impacto social.”

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