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Candidato do PMDB, Requião Filho, falou sobre transporte coletivo em entrevista. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Candidato do PMDB, Requião Filho, falou sobre transporte coletivo em entrevista.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Em entrevista à rádio Bandnews FM, na última sexta-feira (26), o candidato do PMDB à prefeitura, Requião Filho, falou – e muito – sobre transporte e mobilidade. O Livre.jor checou as respostas do candidato para a Gazeta do Povo.

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Transporte coletivo

“O VLP (veículo leve sobre pneus) é uma solução boa e barata. Temos que buscar o VLP, que á evolução do BRT, do Jaime [Lerner], com viadutos elevados e trincheiras.”

Já existe, no papel.

“Em 2013, um projeto de VLP traçado pelo escritório do ex-governador Jaime Lerner já havia sido encaminhado pela gestão Gustavo Fruet ao Governo Federal”, informou a Gazeta do Povo em abril passado.

O projeto de Lerner, arquirrival político do pai do candidato, o senador Roberto Requião, foi inicialmente concebido para ser implantado sobre o leito da linha férrea que liga o Cachoeira, no extremo norte da cidade ao Centro. E já era notícia em 2013.

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Requião Filho ainda precisa detalhar seu projeto de VLP – inclusive, para que se possa dizer se é ou não barata, uma vez que viadutos e trincheiras podem custar caro.

Remuneração das empresas de ônibus

“O transporte coletivo moderno trabalha com bilhete temporal. Funciona assim porque o transporte é pago pelo que ele roda. Em Curitiba, era assim. Hoje, o quilômetro rodado é usado apenas para chegar àquela tarifa técnica absurda por passageiro. Por passageiro, como o pessoal ganha dinheiro? Com menos ônibus e mais passageiros por ônibus. Por quilômetro rodado, se pode definir quantos ônibus, por contrato, devem rodar em determinada linha. O processo fica mais transparente (…) Quem fez a bobagem de trocar [a remuneração para o sistema] por passageiros foi um tal de Beto Richa, quando prefeito.”

Mais ou menos.

As empresas que operam o transporte coletivo de Curitiba recebem, desde que foi homologada a licitação do sistema, em agosto de 2010, por uma (complexa) combinação entre quilometragem percorrida e passageiros transportados.

Mas o peemedebista está certo em atribuir a mudança a Beto Richa. No início de sua primeira gestão, em 2005, o tucano anunciou que a Urbs licitaria o sistema. Um dos resultados dela foi a mudança no sistema de remuneração das empresas.

Tecnologia no transporte coletivo

“Você acompanha hoje onde está seu táxi, seu Uber, seu avião, por um aplicativo no celular. Como não conseguimos acompanhar quantos ônibus estão rodando e onde está o ônibus da minha linha em Curitiba?”

Conseguimos, candidato!

Aplicativos como o Curitibus e o Moovit permitem ao usuário acompanhar, em tempo real, o deslocamento dos ônibus. No Google Maps, o usuário é informado sobre quanto tempo falta para o ônibus passar no ponto em que está. Tudo isso usa dados abertos pela Urbs, que gerencia o sistema.

Metrô

“Já gastaram milhões e milhões de reais para fazer e refazer projetos. E [o metrô] é condenado por quem entende do assunto. Com R$ 5 a R$ 8 bilhões, podemos fazer o VLP funcionar de forma absurda, melhorar terminais. Não deu certo o metrô. É muito dinheiro num buraco só.”

É por aí.

O custo é mais ou menos esse – quando foi aprovado, em 2013, o projeto estava orçado em R$ 4,8 bilhões. Hoje, para viabilizar o empreendimento, o município precisa aprovar uma atualização do valor orçado para R$ 6 bilhões. Há, de fato, muitas vozes que se opõe ao projeto – a mais notória, provavelmente, é a de Jaime Lerner.

Uber

“A regulamentação do Uber, já disseram isso Ministério Público e Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), cabe ao governo federal.”

Não foi isso que MP e Cade disseram.

Em Nota Pública sobre o Uber, disponível na internet, a 3.ª Câmara de Coordenação e Revisão - Consumidor e Ordem Econômica reúne pareceres internos, da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda e do Cade a respeito do Uber. Ao final, propõe a “desregulamentação do transporte público individual com o estabelecimento de diretrizes, dadas por lei federal, visando a reduzir pressões político-corporativas exercidas sobre as administrações municipais por associações e grupos de pressão ligados aos prestadores de serviços de táxi”. Em nenhum ponto, porém, o documento veta que prefeituras regulem o Uber – salvo determinação para que se abstenham de proibir a concessão de descontos sobre as tarifas máximas de táxi.

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