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O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) enviou nesta segunda-feira (29) uma carta aos outros 80 senadores em que afirma que pediu à Polícia Federal que investigue todos os empréstimos consignados na Casa e as empresas que têm operações na área. No texto, Sarney também sai em defesa de seu neto, José Adriano Cordeiro Sarney, que tem uma empresa que fazia a intermediação de empréstimos consignados entre um banco e o Senado.

Sarney ainda assegura aos colegas: "Quero também comunicar-lhe que pedi à Polícia Federal que investigue todos os empréstimos consignados no Senado e as empresas que os operam."

O presidente do Senado afirma no texto: "a autorização - peço para fixar essa data - para operar em crédito consignado com o HSBC foi em maio de 2005 quando eu não ocupava nenhum cargo na Casa. A empresa da qual é sócio José Adriano Sarney, a Sarcris, começou a operar em 11 de setembro de 2007, portanto, dois anos depois da autorização."

A pressão pela saída de Sarney do comando da Casa em função dos atos secretos se agravou com a denúncia de que um de seus netos estaria utilizando a influência do avo para intermediar empréstimos com desconto em folha no Senado.

Os atos são considerados secretos porque as determinações não foram publicadas nos boletins do Senado na ocasião em que começaram a vigorar, mas sim tempos depois. Uma comissão liderada pelo primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), anunciou na semana passada ter encontrado 663 atos secretos no período de 1996 a 2008.

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