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| Foto: Lula Marques/AGPT

Desde que Michel Temer (PMDB) assumiu a Presidência da República no dia 12 de maio – ainda de forma interina −, seis ministros já deixaram a Esplanada. A última saída envolve o ex-chefe da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima. Ele deixou a pasta exatamente uma semana depois de Marcelo Calero pedir demissão do Ministério da Cultura, acusando-o de ter sofrido pressão para a liberação de um empreendimento em Salvador onde Geddel tem um apartamento. Veja os ministros de Temer que já ficaram pelo caminho:

Romero Jucá (PMDB-RR), Planejamento

Atual líder do governo no Congresso, o senador deixou o Ministério do Planejamento menos de duas semanas após tomar posse, ainda em maio. Ele foi conversas gravadas com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, serem divulgadas pela imprensa. Nos diálogos, Jucá sugere “estancar a sangria” causada pela Operação Lava Jato e deter o avanço das investigações sobre o PMDB.

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Fabiano Silveira, Transparência, Fiscalização e Controle

Silveira pediu demissão no final de maio depois de sofrer enorme pressão de centenas de servidores da antiga Controladoria-Geral da União (CGU), que ameaçaram entregar os cargos caso ele permanecesse. O ex-ministro foi flagrado em gravações criticando a Operação Lava Jato e orientando o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre como agir perante as investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR). Na época dos áudios, Silveira era conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que fiscaliza o Poder Judiciário, indicado pelo próprio Renan.

Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Turismo

Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Alves foi um dos políticos do PMDB citados como beneficiários de propina pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que fechou acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. Machado disse ter pago a ele R$ 1,55 milhão.

Fábio Osório, Advocacia-Geral da União

Osório foi demitido após tentar embarcar para Curitiba, na Base Aérea de Brasília, e ter o pedido negado. Diante da negativa, deu uma carteirada nos oficiais da Aeronáutica, dizendo ter status de ministro de Estado. Além disso, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, revogou decisão de demitir o então presidente da EBC, Ricardo Melo, nomeado pela petista Dilma Rousseff, justamente porque Osório, que deveria fazer a defesa do governo, estava na viagem a Curitiba. O principal motivo da demissão, porém, foi a insatisfação do Planalto com medidas tomadas pela AGU contra políticos investigados na Lava Jato.

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Marcelo Calero, Cultura

Calero justificou ter deixado a administração Temer por conta de pressões do então ministro da Secretaria Geral de Governo, Geddel Vieira Lima, por um parecer favorável do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) − órgão vinculado ao Ministério da Cultura − que liberasse a construção do empreendimento na capital baiana. O interesse de Geddel no assunto é que ele havia adquirido uma unidade no edifício.

Geddel Vieira Lima, Secretaria Geral de Governo

Geddel pediu demissão numa tentativa de conter a crise política desencadeada pelas revelações do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, que diz ter sido pressionado pelo presidente Michel Temer a liberar um empreendimento imobiliário em Salvador para favorecer Geddel. Todas as conversas com Temer foram gravadas por Calero.

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