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sucessão estadual

Em tom de campanha, Beto e Gleisi se atacam no interior do PR

Tucano cobrou liberação de empréstimos ao Paraná. Petista rebateu que estado não está com as contas em dia

Em clima tenso após os discursos, os dois pré-candidatos ao governo do estado descerraram a placa de entrega de casas do Minha Casa, Minha Vida, em Umuarama | Antonio Roberto/ Ilustrados
Em clima tenso após os discursos, os dois pré-candidatos ao governo do estado descerraram a placa de entrega de casas do Minha Casa, Minha Vida, em Umuarama (Foto: Antonio Roberto/ Ilustrados)

Uma prévia de como vai ser a campanha eleitoral deste ano para o governo do Paraná foi dada ontem em dois eventos no interior do estado. Os dois principais pré-candidatos à disputa, o governador Beto Richa (PSDB) e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), fizeram questão de não deixar o adversário sozinho e apareceram lado a lado num encontro com agricultores em Quarto Centenário (região central) e na inauguração de 603 casas populares em Umuarama (Noroeste). Os dois não perderam a chance de alfinetar um ao outro e, mais uma vez, o motivo da discórdia foram os repasses do governo federal ao Paraná.

Em Quarto Centenário, Gleisi apareceu mais solta que de costume. Usou chapéu, subiu em colheitadeira, jogou grãos para o alto e ainda foi recebida aos gritos de "governadora". Em tom festivo, falou primeiro que Richa. Já o tucano, ao encerrar os discursos, aproveitou para fazer duras críticas ao governo federal, cobrando mais investimentos e a liberação de empréstimos ao Paraná.

Na sequência, os dois participaram da inauguração de casas populares do programa Minha Casa, Minha Vida, em Umuarama. Na cidade, Richa falou antes de Gleisi e foi mais ameno no discurso. Chegou a elogiar o programa habitacional da União. "O programa é um sucesso e atende a demanda por casas no Brasil todo".

Gleisi também manteve o tom suave até perto do final do discurso. Mas, quando o público achava que ela ia encerrar a fala, a petista se dirigiu ao governador e disse que a presidente Dilma Rousseff tem respeito pelo povo do Paraná e "só não repassa mais recursos porque o estado não presta contas adequadamente e enfrenta até ação no Ministério Público". "A Dilma não autoriza repassar recursos para quem não está com as contas em dia", rebateu.

Ela também chamou a atenção para a privatização da rodovia PR-323 entre Maringá e Iporã, proposta pelo governo estadual. Pela sugestão apresentada até agora, serão duas praças de pedágio a cada 100 quilômetros, totalizando perto de R$ 8. Gleisi disse que isso é inadmissível. "É muito caro. Nas privatizações do governo federal, o mesmo trecho terá pedágio perto de R$ 4. É preciso ter compromisso com a verdade, governador", afirmou.

Assessores de Richa pediram um direito de resposta ao cerimonial, organizado pela Caixa Econômica Federal, mas não foram atendidos. Questionado pelos jornalistas, o tucano disse que o Paraná é discriminado pelo governo federal e afirmou que Dilma precisa explicar melhor "é o dinheiro investido em Cuba".

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