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A Camargo Corrêa é uma das grandes doadoras de dinheiro, de forma legal, para partidos, políticos e comitês eleitorais, especialmente do PSDB, DEM e PT. Desde 2002, foram ao menos R$ 30 milhões. Nas eleições municipais do ano passado, as empresas do grupo doaram R$ 5,96 milhões.

O campeão foi o comitê financeiro municipal único do DEM de São Paulo, que tinha o prefeito Gilberto Kassab concorrendo à reeleição. Foram R$ 3 milhões. No caso de doações diretas para os candidatos, os que mais receberam foram o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), com R$ 300 mil, e sua adversária na campanha do ano passado, Gleisi Hoffmann (PT), com R$ 500 mil.

Em 2006, ano de eleição presidencial, a empreiteira doou R$ 2,85 milhões ao Diretório Nacio-nal do PSDB, o que fez dela a segunda maior contribuinte do partido no ano. Em 2006, o PSDB concorreu à Presidência com Geraldo Alckmin. Já o PT, cujo candidato à reeleição era o presidente Lula, veio em segundo lugar, recebendo R$ 2 milhões, sua quarta maior empresa doadora. O DEM foi o destinatário de mais R$ 1,5 milhão.

Os dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram ainda que, na corrida presidencial de 2006, empresas do grupo doaram R$ 3,54 milhões diretamente para o comitê de reeleição de Lula e R$ 400 mil para o comitê de Alckmin.

A disputa pelos governos estaduais, assembleias legislativas e ao Congresso Nacional, em 2006, também movimentou dinheiro repassado pela Camargo Corrêa. Na disputa eleitoral do Paraná, a empresa fez doação de R$ 30 mil para a campanha ao governo do senador Osmar Dias (PDT).

A construtora ajudou ainda a eleger, com doações legais, cinco deputados do Paraná. O maior beneficiário foi o ex-prefeito de Curitiba Cassio Taniguchi (DEM), que ganhou R$ 100 mil para ajudar a garantir sua vaga como deputado federal. O presidente estadual do PP, deputado federal Ricardo Barros, recebeu R$ 50 mil, mesma quantia repassada pela empresa ao deputado estadual Osmar Bertoldi (DEM). Entre os candidatos, o deputado estadual Ney Leprevost (PP) ficou com a menor fatia: R$ 20 mil.

Na extensa lista de candidatos eleitos em 2006 em todo o Brasil aparecem representantes dos mais variados partidos que foram presenteados com quantias significativas de dinheiro da construtora, como Aécio Neves (PSDB-MG), governador de Minas Gerais, e Guilherme Afif Domingues (DEM-SP), candidato derrotado ao Senado. Cada um recebeu R$ 300 mil.

Quércia e Mercadante

Orestes Quércia (PMDB-SP) e Aloizio Mercadante (PT-SP), candidatos ao Senado em 2006, ganharam R$ 200 mil cada. O governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT-BA) levou R$ 200 mil.

Outro grupo ficou com valores menores, mas não ficou de fora dos repasses da construtora: Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Luiz Antonio Fleury Filho (PTB-SP) receberam R$ 50 mil. O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, levou R$ 40 mil. E o deputado federal Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o Vicentinho, R$ 42 mil.

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