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Ricardo Pessoa  (foto) disse  que os pagamentos a Dirceu eram descontados das comissões que sua empreiteira devia ao esquema. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Ricardo Pessoa (foto) disse que os pagamentos a Dirceu eram descontados das comissões que sua empreiteira devia ao esquema.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, disse em reuniões com investigadores da Operação Lava Jato que os pagamentos feitos à empresa do ex-ministro José Dirceu, a JD Assessoria e Consultoria, eram parte da propina paga no esquema de corrupção na Petrobras. Segundo Pessoa, que está preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, os pagamentos a Dirceu eram descontados das comissões que sua empreiteira devia ao esquema — o correspondente a 2% do valor de contratos com a Petrobras.

O conteúdo dos relatos — que não integra as delações premiadas ou depoimentos formais — foi publicado ontem pelo jornal “Folha de S. Paulo”.

Segundo Pessoa, após a contratação de Dirceu, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, autorizava que os valores pagos à consultoria do ex-ministro fossem descontados da propina devida pela empresa.

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O jornal O Globo publicou, na semana passada, que o ex-ministro da Casa Civil recebeu, por meio de sua empresa de consultoria, R$ 1,45 milhão de Milton Pascowitch, citado pelo ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco como operador de pagamento de propinas ao PT a serviço da empresa Engevix.

Os pagamentos a Dirceu foram realizados em 2011 e 2012 através de uma empresa de Pascowitch, a Jamp Engenheiros Associados Ltda.

O advogado de Ricardo Pessoa, Alberto Toron, disse ontem desconhecer os relatos do seu cliente: “Esse depoimento não foi prestado na minha frente. Desconheço, desconfio e vejo com profunda estranheza”.

Já o ex-ministro José Dirceu disse à “Folha de S. Paulo” que sua consultoria prestou serviços legalmente e nega qualquer relação com os contratos sob investigação na Petrobras.

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