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Confira as principais fases da polêmica construção do Anexo do TJ. O caso se iniciou em 2005 e só foi finalizado pelo Tribunal de Justiça no último mês de dezembro, embora o Ministério Público ainda esteja fazendo investigações sobre o edifício.

- Após a conclusão da obra do Prédio Anexo ao Palácio da Justiça, em 2005, o Tribunal de Contas foi encarregado de vistoriar os serviços para aprovar ou não as contas do Judiciário Paranaense. Durante a vistoria, os técnicos do TC detectaram uma série de problemas, que foram levados ao então presidente do TJ, desembargador Tadeu Marino Loyola Costa. Diante das supostas irregularidades, Loyola decidiu não receber a obra e instalou uma comissão de obras do TJ, composta por quatro desembargadores.

- A reportagem da Gazeta do Povo teve acesso a um relatório confidencial elaborado pela comissão de obras do TJ que apontava indícios de superfaturamento de até R$ 20 milhões e licitação dirigida na obra do Prédio Anexo. O custo da obra estava previsto em R$ 28 milhões, mas ao final da construção o preço subiu para R$ 48 milhões.

- O Órgão Especial do TJ, composto por 25 desembargadores, decidiu contratar uma auditoria para averiguar as denúncias. A Universidade Federal do Paraná (UFPR), assim como o TC, apontam falhas orçamentárias, licitatórias e estruturais.

- Em nova sessão, no dia 7 de julho de 2008, o Órgão Especial do TJ se reúne para analisar o relatório elaborado pela comissão de obras do TJ, com base em informações prestadas por profissionais ligados à UFPR. Ao final da reunião, 14 desembargadores foram favoráveis ao arquivamento das denúncias, nove foram contra e dois não se manifestaram. Com a decisão, o TJ poderia aceitar a obra e incorporar o Prédio Anexo ao patrimônio do tribunal.

- Mesmo com uma investigação do Ministério Público ainda em curso, o presidente do TJ, desembargador José Antônio Vidal Coelho, recebe formalmente a obra do Prédio Anexo num ato realizado no dia 18 de dezembro de 2008. Com a entrega da obra, a empresa Cesbe, responsável pela construção, fica habilitada a receber os quase R$ 4 milhões que estavam retidos por conta das denúncias.

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