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Jorandir Ferreira, metalúrgico: “O pessoal do chão de fábrica está indignado” | Assessoria da Prefeitura de Tibagi
Jorandir Ferreira, metalúrgico: “O pessoal do chão de fábrica está indignado”| Foto: Assessoria da Prefeitura de Tibagi

Em ato anticorrupção, sociedade apresenta projeto de transparência

O movimento "O Paraná que Queremos" apresentará hoje, durante a manifestação contra a corrupção na política, um projeto de lei que estabelece mecanismos para garantir mais transparência na administração pública do estado. A proposta, elaborada pela Associação Paranaense dos Juízes Federais do Paraná (Apajufe) com o apoio da seção paranaense da Ordem dos Advogado do Brasil (OAB-PR), será entregue aos deputados estaduais que já se manifestaram favoráveis ao afastamento dos integrantes da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Paraná.

Leia a matéria completa

  • Ana Raggio, estudante: manifestação é uma chance para acabar com apatia da população
  • Jacir Ventura, professor: sentimento de insatisfação com a realidade estadual

Jacir Ventura é professor, tem 60 anos e militou no movimento estudantil. Jorandir Ferreira, metalúrgico, 45 anos, é uma liderança sindical. Ana Raggio, 20 anos, é estudante de Direito e tinha dois anos na época do Fora Collor, última grande manifestação democrática que Curitiba presenciou. Os três já avisaram. Estarão hoje, a partir das 18 horas, na Boca Maldita, centro de Curitiba, participando da manifestação "O Paraná que Queremos". Pro­­metem levar amigos, parentes e colegas de trabalho e, de forma pacífica, dar voz às suas insatisfações. "Se não acontecer isso [a manifestação], as pessoas acabam se acostumando, não fazendo nada e tudo continua como está", diz Ana.

A estudante, que faz estágio em uma organização não governamental, afirma que tem conversado sobre a importância do ato com colegas da faculdade e do estágio."Vou sair do trabalho direto para a Boca Maldita."

Na fábrica da Bosch, na Cidade Industrial de Curitiba, as revelações feitas pela série de matérias "Diários Secretos", da Gazeta do Povo e RPC TV, ganhou eco entres os funcionários. "O pessoal do chão de fábrica está indignado", diz Jorandir Ferreira, mais conhecido como "Alicate" no meio sindical. Para ele, a pressão popular pode ajudar o movimento a atingir seus objetivos – o mais urgente, o afastamento da Mesa Executiva da Assem­­­bleia Legislativa. "Aqui vamos levar o máximo de trabalhadores possível", garante Alicate.

No Colégio Decisivo, o professor e diretor Jacir Venturi tem orientado seus colegas a trazer as matérias da Gazeta do Povo para as salas de aula. "É um exemplo para discutirmos cidadania", afirma Jacir.

Segundo ele, o movimento "O Paraná que Queremos" canaliza um sentimento de insatisfação com a realidade estadual, mas também nacional. "Somos um dos países que mais pagam impostos e os serviços prestados pelo estado, em contrapartida, são muito ruins. Tudo isso é fruto da má-gestão do dinheiro público, como ficou claro nas matérias sobre a Assembleia Legis­­­lativa."

O professor acredita que o ato de amanhã pode resgatar Curitiba como palco das grandes manifestações cívicas. "A cidade esteve meio apática nos últimos tempos, mas já tomou à frente como no caso das Diretas Já e no Fora Collor. É hora de reavivar isso", diz.

Até ontem, 903 empresas, 472 entidades e 22.347 haviam aderido ao movimento "O Paraná que Queremos".

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