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Em conversa com deputados estaduais nesta quarta-feira (16), o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (AL-PR), Nelson Justus (DEM), afirmou que vai rever a transferência que ocorreu na Casa de funcionários que saíram de gabinetes para departamentos da administração da AL.

Um levantamento da Gazeta do Povo e da RPC TV apontou que existem pelos menos 124 casos de trabalhadores "migrantes". O remanejamento teria ocorrido para os parlamentares conseguirem se adequar à lei que estabeleceu um limite de 23 funcionários por gabinete sem ter que demitir funcionários excedentes.

A transferência dos servidores gerou discussão entre os parlamentares na sessão de terça-feira do Legislativo. Nesta quarta, o clima era mais tranquilo. "Ele (Nelson Justus) disse que esses cargos vão ser exonerados. É o que eu espero, porque isso pode criar um problema para ele mesmo", declarou o deputado Jocelito Canto (PTB), que bateu boca com Justus na terça.

Um requerimento cobrando a demissão de todos os "migrantes" havia sido apresentado para a Mesa Diretora da Casa na semana passada.

Irregularidades

Pela atual legislação que regula a nomeação de servidores da Assembleia, não é permitido que um funcionário trabalhe na Casa e, ao mesmo tempo, atue como sócio-administrador ou diretor de qualquer empresa. No entanto, entre os funcionários migrantes, existem dois que dirigem empresas, segundo informações do telejornal ParanáTV 2ª Edição, da RPC TV.

Antônio Wilson Camargo Júnior deixou o gabinete da Presidência para a administração da AL. Ele é sócio de uma empresa de aluguel de brinquedos em Curitiba. Já Elissa Maria Braga Belich estava lotada na primeira secretaria do Legislativo e foi para a administração. A servidora aparece em uma certidão da Junta Comercial como sócia-administradora da Gerações Comércio de Cosméticos Ltda. Apesar disso, a funcionária disse que a empresa dela já foi desativada.

A assessoria de comunicação da Assembleia informou que Camargo Júnior, durante o recadastramento, ele teria afirmado que não era sócio de nenhuma empresa. A direção da Casa deu um prazo de 15 dias para o funcionário comprovar a informação.

Assista à reportagem em vídeo

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