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O suplente de deputado federal Osmar Bertoldi (DEM) estaria sendo procurado pela da Justiça desde o dia 1° de dezembro para cumprir medidas protetivas aplicadas pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) com base na Lei Maria da Penha.

Bertoldi foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) depois que sua ex-noiva relatou uma série de agressões cometidas pelo ex-deputado estadual. Na denúncia feita ao MP, a ex-noiva também acusou Bertoldi de mantê-la em cárcere privado, com a ajuda de três de seus funcionários, durante cinco dias do mês de agosto deste ano.

Diante das evidencias e dos laudos de lesão corporal, o juiz Rodrigo Simões Palma, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Curitiba decretou a prisão domiciliar de Bertoldi.

A decisão judicial também impôs uma série de medidas protetivas previstas pela Lei Maria da Penha como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de se aproximar da residência da vítima, impossibilidade de se ausentar da cidade e comparecimento mensal ao juízo enquanto durasse a ação penal.

Ao final do despacho, o juízo determinava que caso as medidas não fossem iniciadas 24 horas após a intimação, seria expedido um mandado de prisão preventiva do suplente de deputado.

No dia 17 de dezembro, foi revogado o mandado de monitoração eletrônica pelo mesmo juiz.

Exonerado

Bertoldi, no entanto, ainda não foi encontrado pela Justiça para o cumprimento da intimação. Nem em seu endereço residencial, nem na Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), onde até este domingo (20) ocupava o cargo de Diretor de Programas.

A presidência da Cohapar, através de sua assessoria de comunicação, anunciou que após a divulgação da decisão judicial, Bertoldi foi exonerado do cargo por “quebra de confiança” e que esta decisão será publicada nesta segunda-feira (21). .

Osmar Bertoldi se elegeu vereador em Curitiba em 1996 e se reelegeu em 2000. Em 2004, foi candidato a prefeito de Curitiba. Em 2006 se elegeu deputado estadual e se reelegeu em 2010. Ele foi nomeado secretário municipal de Habitação, em 2011, no início da gestão Gustavo Fruet (PDT).

Atualmente é suplente de deputado federal, e entre janeiro e maio de 2015 assumiu o mandato na Câmara dos Deputados após a nomeação do deputado Fernando Francischini (Solidariedade) para a Secretaria da Segurança Pública.

Outro Lado

Em nota, Osmar Bertoldi admite que houve um “lamentável desentendimento” em agosto de 2015 devido à discordância sobre o regime de casamento. “Ambos tivemos ferimentos e acabei sofrendo lesões nos braços, rosto e dentes, inclusive tendo me submetido a exames e lavrado laudo de corpo de delito”, diz o ex-deputado.

Bertoldi nega, ainda a acusação de cárcere privado, pois sua então noiva tinha as chaves da casa e permaneceu lá o tempo que desejou. Ele a acusa de ter feito chantagem ao pedir R$ 1,7 milhão para não divulgar o ocorrido, fato que estaria sendo investifado pela Polícia Civil.

“Sou um homem honrado e um pai de família. Todos que me conhecem em mais de 20 anos de carreira pública sabem de minha conduta pacífica e conciliadora. Nunca agrediria qualquer pessoa”, argumenta Bertoldi.

Em entrevista à RIC-TV, seu advogado, Rafael Carvalho, disse que Bertoldi agiu para se defender de agressão de sua ex-noiva, que seria lutadora de artes marciais.

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