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Eliane Gonçalves Pinheiro, ex-chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), foi internada na noite de segunda-feira (5), em Goiânia, após uma crise de pressão alta. Com isso, ela não irá depor nesta terça-feira na CPI do Cachoeira.

São esperados nesta terça o depoimento de mais três testemunhas. O empresário Walter Paulo Santiago deverá se o primeiro a ser interrogado. Ele é um dos donos da Faculdade Padrão, empresa que teria servido como intermediária na compra de uma casa do governador de Goiás, Marconi Perillo.

Eliane já havia obtido um habeas corpus na Justiça que garantia o direito de não responder às perguntas dos deputados e senadores que fazem parte da comissão.

Ela foi flagrada em conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal durante as operações Vegas e Monte Carlo e mantinha contatos frequentes com o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso sob a acusação de liderar uma rede criminosa envolvendo jogos ilegais, políticos e empresários.

As ligações indicam que Eliane recebeu informações sobre investigações da Polícia Federal que beneficiavam políticos ligados a Cachoeira e teria avisado o prefeito do município goiano de Águas Lindas, Geraldo Messias de que a polícia faria uma busca na casa dele.

Depoimentos

Outro depoimento esperado parae esta terça é o de Sejana Martins, diretora da Faculdade Padrão e sócia da empresa Mestra Administração e Participações. No cartório de registro de imóveis, a casa vendida pelo governador está registrada no nome dessa empresa.

A suspeita da polícia é de que essa empresa seja usada como "laranja" do suposto esquema liderado por Cachoeira. Sejana Martins obteve um habeas corpus do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux garantindo seu direito de permanecer em silêncio durante o depoimento. Écio Antônio Ribeiro, sócio da Mestra Administração e Participações, é o último esperado pelos parlamentares.

Governadores

Perillo e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) tiveram a convocação aprovada na última terça-feira para depor em sessão da CPI. Na ocasião, o pedido para ouvir Sérgio Cabral (PMDB-RJ) foi rejeitado.

A convocação de Perillo e Agnelo ocorreu em meio a um racha na base aliada. O PMDB, aliado do PT, articulou os 16 votos pela convocação de Agnelo, com o apoio de PP, PR PSC, PSB, PDT e da oposição. Doze parlamentares votaram contra. O depoimento de Perillo foi aprovado por unanimidade.

Segundo a PF (Polícia Federal), Perillo recebeu R$ 1,4 milhão de Carlinhos Cachoeira pela venda de uma casa e nomeou funcionários a pedido do empresário, preso sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal.

Agnelo, diz a PF, também teve assessores corrompidos pelo grupo de Cachoeira. Tanto o petista quanto o tucano negam irregularidades.

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