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Executivos da Camargo Corrêa e da OAS informaram nesta terça-feira (24) que preferem continuar presos na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, à serem transferidos a presídios estaduais. A manifestação das defesas ocorre um dia depois do juiz federal Sérgio Moro determinar que os presos escolhessem o local do cárcere.

A determinação de Moro foi motivada por denúncias veiculadas na imprensa de condições ruins na carceragem da PF. Um dos executivos que chegou a ser preso em novembro do ano passado, mas já foi libertado, disse que não há espaço para todos os presos, o banho de sol é de apenas duas horas diárias e a latrina é no meio da cela, sem proteção, entre outas afirmações.

A defesa do vice-presidente da Camargo Corrêa Eduardo Hermelino Leite informou ao juiz que o executivo “não tem interesse em ser transferido para o sistema prisional estadual”. A defesa dele ressaltou ainda que Leite “jamais reclamou à imprensa acerca das condições da carceragem onde se encontra preso”.

A defesa dos executivos Agenor Franklin Medeiros, José Aldemário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Breghirolli e Mateus Coutinho de Sá Oliveira, da OAS, informou que “as condições oferecidas pela Polícia Federal são dignas diante do holocausto que se vivencia no sistema carcerário brasileiro”.

Outros advogados afirmaram que as condições da carceragem não são ruins. O advogado do doleiro Alberto Youssef, preso desde março do ano passado, disse que seu cliente nunca reclamou das condições do local. “Ele tem sido tratado de forma digna e humanitária”, disse Antônio Figueiredo Basto.

“Prisão é prisão, não é um hotel cinco estrelas”, disse o advogado dos executivos da OAS Roberto Telhada. “O nosso pessoal está sendo muito bem tratado”, disse.

Edson Ribeiro, advogado do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, também disse que seu cliente nunca reclamou das condições do local. “O tratamento que o Nestor tem recebido dos policiais é o melhor possível”, disse o advogado.

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