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O governo federal expulsou 564 servidores neste ano por irregularidades, a maioria relacionada à corrupção, segundo informou nesta sexta-feira a Controladoria Geral da União. O número é considerado recorde e equivale a 1,54 expulsões por dia. Os números começaram a ser contabilizados pelo governo em 2003, naquele ano foram expulsos 242 servidores.

Na comparação com 2010, houve um aumento de 8,25%, no número de punições. Os ministérios com o maior número de expulsões proporcionalmente ao número de funcionários são Previdência Social, Meio Ambiente e Justiça.

"A intensificação das expulsões decorre da determinação do governo de combater a corrupção e a impunidade. Assim, a administração deixa de ficar apenas à espera da punição pela via judicial, que é demorada, e passa, ela própria, a administração, a aplicar as punições de sua alçada", explica o secretário executivo da CGU, Luiz Navarro.

Desde 2003, 3.533 servidores federais sofreram punições expulsivas, sendo 3.013 demissões; 304 destituições de cargos comissionados; e 216 cassações de aposentadorias. O uso do cargo para obtenção de vantagens foi o motivo da maior parte das expulsões (1.887 casos), representando 31,7% do total. A improbidade administrativa vem logo a seguir, com 1.133 casos (19,0%). Outros 325 servidores (5,5%) foram expulsos por terem recebido propina.

Embora a grande maioria (56,2%) dos casos de expulsão esteja relacionada à prática de corrupção, há casos vinculados a outros problemas: 511 servidores (8,6%) foram expulsos por abandono do cargo e 288 (4,8%), por desídia (preguiça, desleixo). Outras 1.816 expulsões (30,5% dos casos) foram classificados como "outros motivos". A soma ultrapassa o total de 3.533 expulsões registradas no período porque há casos em que a expulsão se baseia em mais de um motivo.

A CGU destacou um corregedor para supervisionar os processos em cada ministério e quando a situação envolve casos mais delicados ou complexos o processo é instaurado diretamente na controladoria.

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