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Dois parentes do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foram alvo de três denúncias no fim de semana: sua neta, Ana Clara, e seu filho, Fernando. Ontem, reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que a Polícia Federal investigou Ana Clara Sarney, filha do empresário Fernando Sarney, por suspeita de recebimento de dinheiro ilegal de Paulo Guimarães, conhecido no fim dos anos 1990 por ser dono do bingo virtual Poupa Ganha e por suspeita de lavagem de dinheiro.

Segundo a reportagem, com autorização da Justiça, a PF grampeou diálogos e troca de mensagens entre Paulo, Fernando e Ana Clara no começo de 2008. As conversas se dão de forma cifrada. Para a PF, isso demonstraria, "pela situação em si, que não se trata de algo lícito, até pela maneira como buscaram se evadir".

No inquérito da Operação Boi Barrica, Ana Clara é suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro por meio da São Luís Factoring, empresa pertencente à sua mãe, Teresa Murad Sarney. Ela ainda não foi ouvida pela PF em São Luís e, portanto, não está indiciada.

Já Fernando Sarney, que oficialmente foi indiciado pela PF na semana passada, devido às investigações da mesma operação, é suspeito de ter sido favorecido na liberação de recursos da Eletrobrás para patrocínio de atividades culturais. A estatal repassou ao Instituto Mirante, administrado por ele, R$ 250 mil entre 2006 e 2007.

Relatório da PF ainda revelou que Fernando teria utilizado a casa do pai em Brasília para fazer lobby em favor da construtora e incorporadora Abyara, que desejava obter empréstimos da Caixa Econômica Federal.

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