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Eduardo Gaievski, ex-assessor da Casa Civil da Presidência e subordinado a ministra Gleisi Hoffmann, prestou depoimento à Justiça na tarde desta quinta-feira (16) sobre as denúncias de estupros de vulneráveis que ele supostamente teria cometido. Ele é ex-prefeito de Realeza, cidade no Sudoeste do Paraná, e administrou o município por dois mandatos consecutivos. O depoimento dele se estendeu até as 23 horas desta quinta. Preso desde agosto do ano passado, ele nega as acusações e afirma ser preso político.

Gaievski, que é filiado ao PT, relatou ao seu advogado que quando esteve preso na Casa de Custódia em Curitiba era obrigado usar o uniforme número 45, o que seria uma espécie de deboche político já que os algarismos representam o PSDB, partido rival. A Secretaria de Justiça do Paraná desconsiderou a acusação através da assessoria de imprensa e informou que não tem a menor procedência a informação, que todo o preso é tratado por agente penitenciário e não por agente político.

O advogado Samir Mattar Assad, que assumiu a defesa de Gaievski, quer o afastamento do juiz que cuida do caso. Segundo ele, desde o início do processo a Justiça está negando várias garantias e direitos ao ex-prefeito.

Assad também quer a anulação dos atos da defesa anterior de Gaievski porque, segundo ele, o advogado Rafael Seben, então advogado do ex-prefeito, teria procurado o promotor que assina a denúncia e prestado um depoimento contra o próprio cliente. "Isso é inédito. Eu nunca vi nada parecido", afirma Assad que classifica o caso como uma "trama diabólica". Seben também teria arrolado como testemunha de defesa pessoas que também aparecem como supostas vítimas. Assad está convicto de que o processo será anulado.

Assad diz que vai solicitar uma investigação sob a conduta do advogado ao Conselho de Classe da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A reportagem não conseguiu contato com Seben. Em seu escritório na cidade de Realeza, ninguém respondeu aos chamados telefônicos.

Na próxima segunda-feira (20), Gaievski prestará um novo depoimento à Justiça da Comarca de Realeza.

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