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Jaques Wagner, ministro da Defesa | Amanda Oliveira/Governo da Bahia
Jaques Wagner, ministro da Defesa| Foto: Amanda Oliveira/Governo da Bahia

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse na sua primeira entrevista à frente do cargo, em visita às instalações de fabricação de submarinos da Marinha, que o processo de governabilidade começou na segunda-feira (23), com a aproximação do Palácio do Planalto com o PMDB. Segundo ele, durante o jantar, o partido sinalizou que vai apoiar as medidas de ajuste fiscal enviadas ao Congresso, embora faça algumas alterações nas propostas (que restringem acesso ao direitos trabalhistas e previdenciários). O PMDB, disse, não vai utilizar o ajuste para fazer palanque.

O ministro destacou ainda que a presidente Dilma Rousseff vai se reunir com líderes e partidos para facilitar o relacionamento com o Congresso.

“Passadas as eleições, a agenda agora é de governo e ninguém governa sem o Congresso”, disse o ministro.

Ele destacou que o governo não pode parar por conta das investigações (Operação Lava-Jato) e que desenvolva uma agenda própria, com medidas contra a corrupção e a impunidade e independente da atuação do Ministério Público e da Polícia Federal. “Não podemos parar o país para ficar assistindo o espetáculo da investigação”, disse.

O ministro fez coro ao discurso oficial de que é preciso separar os atos ilícitos praticados por pessoas físicas e por empresas, uma declaração constante da presidente Dilma. Ele descartou qualquer reavaliação no contrato da Odebrecht, citada na Operação Lava-Jato, com a Marinha na construção das instalações para o desenvolvimento de submarinos. Segundo ele, esse projeto tem importância estratégica para o país.

“Estou preocupado com a luta contra a corrupção, mas não podemos destruir a inteligência nacional”, disse.

O ministro negou que o projeto será afetado com cortes de gastos, mas admitiu que poderá haver revisão do cronograma. Iniciado em 2008, em parceria com a França o projeto prevê a construção de cinco submarinos, sendo quatro convencionais e um nuclear. O investimento está estimado em torno de RS 28 bilhões, sendo que R$ 7,8 bilhões virão do Orçamento da União para a construção da base naval e dos estaleiros. A previsão é que o submarino fique pronto em 2023 e entre em operação 2025.

Wagner observou que acompanhará a presidente em viagem amanhã para Feira de Santana(BA), onde serão entregues unidades do Minha Casa Minha Vida. Disse que ainda esta semana, Dilma anunciará medidas para beneficiar micros e pequenas empresas.

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