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Cândido Vaccarezza: ele nega. Claro. | José Cruz/ABr
Cândido Vaccarezza: ele nega. Claro.| Foto: José Cruz/ABr

O líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), apresentou ontem aos demais líderes partidários da base aliada uma proposta de votações para a semana que inclui o projeto que legaliza os jogos de azar no país. A sugestão era votar, na sessão extraordinária prevista para hoje, a emenda constitucional que prorroga o fundo da pobreza e depois os bingos. "Fiz uma proposta para apaziguar todo mundo e votar tudo", disse Vaccarezza.Com isso, a votação da PEC 300, que cria um piso de salário nacional para os policiais, ficaria para o ano que vem. A ideia é criar uma comissão suprapartidária para debater o assunto junto com outros temas relacionados à segurança. Vários governadores solicitaram ao governo que não aprove a PEC, que traria aumento considerável de gastos para os estados. A proposta de revisão do Código Florestal, que também não é de interesse do governo, ficaria igualmente para o ano que vem.

A proposta de Vaccarezza foi apresentada para convencer líderes de partidos menores, como PDT e PTB, que defendem a legalização dos jogos de azar no país. E, ao mesmo tempo, agradar os governadores, que brigam pelo orçamento da Lei Kandir e do fundo da pobreza.

A proposta de recriação dos bingos seria uma das alternativas possíveis ao ressurgimento da CPMF. Parte do dinheiro arrecadado com o jogo seria destinada à saúde. A ideia é polêmica, porém, devido às denúncias de desvios cometidos quando os bingos eram legalizados no país, como casos de lavagem de dinheiro.

O projeto que será votado traz algumas medidas que tentam evitar a ocorrência desses crimes. E também tem previsão de proibir que entrem nas casas pessoas que forem comprovadamente viciadas em jogos.

Em reunião na manhã de ontem, todos os líderes partidários concordaram com a pauta sugerida por Vaccarezza. Na oposição, porém, havia reistência. DEM é contra a votação do projeto dos bingos.

Alguns deputados insatisfeitos com a ideia, no entanto, já afirmam que pretendem obstruir as votações. É o caso do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), ex-ministro das Comunicações no governo Lula.

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