Governo não se pronuncia sobre acusações

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O governo estadual foi procurado pela reportagem da Gazeta do Povo para comentar as acusações do prefeito Beto Richa (PSDB) de que estaria por trás da divulgação das suspeitas de que a campanha de reeleição do tucano teria tentado comprar apoio de dissidentes do PRTB e de que teria havido caixa 2. Mas ninguém da administração estadual quis se manifestar.

O empresário e ex-servidor municipal Rodrigo Oriente, que trabalhou no Comitê Lealdade e apresentou a denúncia à Procuradoria Eleitoral, criticou as declarações do prefeito à Band News. Ele negou que o vídeo tenha sido armação e que ele tem algum interesse em prejudicar o tucano. "Justamente o prefeito, que sempre recriminou os ataques pessoais, agora se utiliza do fato de estar no poder para me atacar pessoalmente", afirmou.

Oriente rechaçou ainda a insinuação que tem "ficha corrida". Ele apresentou à Gazeta do Povo uma certidão negativa, datada de outubro de 2008, atestando que não há ações civis, criminais ou fiscais contra ele. "Exatamente essa ficha-suja que ele me atribui serviu para me habilitar a trabalhar na prefeitura e no Comitê Lealdade", disse Oriente, em referência ao fato de ter sido nomeado pela prefeitura e de ter trabalhado na campanha de Richa.

O empresário confirmou que recebeu propostas de dinheiro para denunciar Richa. "Assim como recebi propostas de aliados dele para que eu não fizesse isso." Segundo ele, se houvesse interesse em desestabilizar o prefeito, ele teria apresentado o vídeo logo depois do fim da campanha. "Estamos em uma sociedade de Direito. Eu, como cidadão, tenho direito de realizar uma denúncia."

Já o presidente do PRTB no Paraná, Marino José Teixeira, disse que o prefeito está "mal informado" sobre a investigação que a Polícia Federal faz sobre a ata da convenção. "Não existe ata fraudada. Havia uma comissão provisória e, nesse caso, apenas os membros da direção votaram. É a mesma coisa que ocorre quando há uma convenção partidária e apenas os delegados votam, não os filiados." A reportagem não conseguiu falar com Alexandre Gardolinski. (RF)