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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta quinta-feira (8) que se sente frustrado por ter de deixar o cargo no próximo dia 15, antes da conclusão do julgamento do mensalão e expedição dos mandados de prisão contra os condenados. "O julgamento dos embargos está previsto para se iniciar no dia 14. Caso se inicie no dia 14, eu participarei pelo menos da primeira sessão relacionada ao julgamento do recurso. Frustração existe, sim. Eu preferiria deixar o cargo com a decisão condenatória já sendo cumprida efetivamente. Ou seja, com a perda de mandatos parlamentares e com a expedição dos mandados de prisão em relação àqueles réus condenados a penas privativas de liberdade", disse.

Apesar de ter de deixar o cargo devido ao fim do período de dois anos do mandato, Gurgel disse acreditar que seu substituto fará um bom trabalho na etapa final do mensalão e poderá mostrar "que todos os cidadãos brasileiros estão ao alcance do sistema de Justiça".

Sobre a possibilidade de um procurador interino assumir o comando do Ministério Público no período de transição entre seu mandato e o do próximo PGR, que ainda não foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff, Gurgel disse que o ideal seria que isso não acontecesse.

Para ele, deveria haver maior celeridade no processo de escolha dos PGRs. "Infelizmente tem demorado muito. Nas três últimas oportunidades, pelo menos, houve essa interinidade, que é indesejável e não faz bem à instituição", disse.

Gurgel também falou sobre o parecer que enviou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) favorável à cassação da governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Segundo ele, houve um crescimento exagerado em programas do governo justamente num ano eleitoral.

"Eu tenho feito todo o esforço no sentido de limpar a área para o colega ou a colega que vai me substituir. Eu tenho feito esforço no sentido de devolver ao máximo tudo aquilo que está na Procuradoria Geral. Quanto a esse processo especificamente, havia uma representação em que se atribui a governadora, digamos, diversas condutas relacionadas essencialmente, entre outras coisas, a programa de habitação popular que teria tido um crescimento digamos exagerado precisamente no ano eleitoral e muito próximo já das eleições", explicou.

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