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O homem que foi preso na manhã desta quinta-feira (4) supostamente tentando subornar uma testemunha do mensalão do DEM de Brasília vai passar a noite na cela da Superintendência Polícia Federal. Nesta tarde, ele prestou depoimento e fez exames de corpo de delito.

A testemunha, o jornalista Edmilson Edson dos Santos – conhecido como Edson Sombra – também depôs e saiu da superintendência dirigindo o próprio carro. A polícia não informou o teor dos depoimentos de Sombra e de Antonio Bento da Silva, o homem que supostamente tentou suborná-lo.

Como Silva foi preso em flagrante, ele pode ficar até cinco dias preso. O prazo é prorrogável por mais cinco.

Edson Sombra é uma das principais peças do quebra-cabeça da Operação Caixa de Pandora, que desmantelou um suposto esquema de corrupção no Distrito Federal em novembro de 2009. De acordo com a polícia, foi o jornalista que comunicou aos agentes da oferta de suborno. Sombra concordou em receber o dinheiro e a PF fez o flagrante. Por volta das 9h desta quinta, Silva foi preso com o dinheiro em um restaurante do Sudoeste, bairro nobre de Brasília.

Segundo a PF, os R$ 200 mil –valor declarado por Silva, mas ainda não contado pela PF - estavam embrulhados em um papel pardo, dentro de uma sacola de loja.

Segundo a Polícia Federal, Silva será indiciado no artigo 343 do Código Penal ("dar, oferecer, ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação"), que prevê pena de reclusão de 3 a 4 anos e multa

Mensalão

O mensalão do DEM de Brasília envolve o suposto pagamento de propina ao governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), ao vice-governador, Paulo Octávio (DEM), deputados distritais, empresários e integrantes do governo.

O inquérito que investiga o caso tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e já resultou na quebra de sigilos bancário e fiscal do governador Arruda e de outros sete envolvidos no caso.

Recentemente, o juiz Vinicius Santos Silva, da 7ª Vara de Fazenda Pública do DF, afastou oito deputados da Câmara Legislativa do Distrito Federal das atividades relacionadas ao processo de impeachment do governador Arruda. Todos os oito parlamentares são suspeitos de envolvimento com o mensalão do DEM de Brasília.

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