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Roberto Freire avalia que os números do Ibope revelam fragilidade da candidatura Dilma | Wenderson Araújo/Gazeta do Povo
Roberto Freire avalia que os números do Ibope revelam fragilidade da candidatura Dilma| Foto: Wenderson Araújo/Gazeta do Povo

Os resultados da pesquisa Ibope divulgada na última quinta-feira, que mostrou que a presidente Dilma Rousseff se reelegeria no primeiro turno em três dos quatro quadros propostos, tiveram interpretações diferentes no Congresso Nacional. Para os petistas, os números mostram uma recuperação da imagem da presidente. Já os oposicionistas afirmaram não terem dúvidas de que a eleição presidencial de 2014 será decidida em duas etapas e classificaram a candidatura da petista de "frágil".

Para o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), o resultado se deve à adoção de uma agenda em resposta às manifestações de junho, o que inclui o programa Mais Médicos e o projeto de lei que destina os recursos do petróleo para a educação e para a saúde. "A pesquisa indica uma recuperação da avaliação positiva do governo. A oposição está confusa e não tem uma agenda sobre o que aconteceu".

A leitura é similar à do líder do governo na Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que citou ainda a manutenção de baixos níveis de desemprego como outro ponto que ajudou para essa recuperação. "As pessoas acompanharam o debate. Ao combater o Mais Médicos, a oposição foi derrotada no tema".

Diante dos números divulgados na quinta-feira, a oposição ao governo Dilma já aposta em um segundo turno. O deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) afirmou que "há um sentimento de mudança na população". Para ele, o resultado se deve à superexposição da presidente. "Ela já foi à rede nacional (de rádio e televisão) 16 vezes", criticou. "Tem uma concentração de exposição e haverá um equilíbrio".

Já o deputado Roberto Freire (PPS-SE) avalia que o desempenho de Dilma é "frágil". Ele também comentou os níveis de aprovação do governo, de 38%, praticamente estáveis na comparação com setembro. "Governo com essa avaliação e uma candidata com essa intenção de votos é uma candidatura frágil".

O levantamento Ibope mostrou que, se as eleições fossem hoje, Dilma se reelegeria no primeiro turno em três de quatro cenários. Naquele tido hoje como mais provável, no qual figuram como concorrentes o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), Dilma aparece com 41% das intenções de voto. O único quadro em que a pontuação de Dilma (39%) não supera soma dos concorrentes, condição necessária para vencer no primeiro turno, é aquele com a ex-senadora Marina Silva (21%) e com o ex-governador de São Paulo José Serra (16%).

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