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Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB) | Pedro França e Jefferson Rudy/Agência Senado
Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB)| Foto: Pedro França e Jefferson Rudy/Agência Senado

Dois parlamentares da bancada do Paraná, Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB), encabeçaram a oposição no Senado contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, a PEC do teto dos gastos públicos. A atuação de ambos, contudo, não surtiu efeitos no placar da votação da matéria, que nesta terça-feira (13) foi aprovada em segundo e último turno no plenário da Casa. Dos três senadores da bancada do Paraná, apenas Alvaro Dias (PV) votou a favor do texto do governo federal.

Ao longo da tramitação da PEC 55 no Senado, Gleisi ficou na linha de frente contra o texto. Na presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, Gleisi chegou a realizar audiências públicas sobre o tema dentro do colegiado, com a participação de especialistas. Acabou sendo criticada por aliados do Planalto, que alegaram que a petista estava se utilizando de um grupo técnico da Casa para fazer propaganda contrária à PEC. A senadora rebateu, informando que convidou especialistas do governo federal, que teriam se recusado a participar das audiências públicas.

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No plenário, a petista também fez os discursos mais aguerridos contra a PEC, ao lado dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Fátima Bezerra (PT-RN) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-MA), o mesmo “núcleo duro” da oposição que brigou contra o impeachment de Dilma Rousseff. Nesta terça-feira (13), Gleisi novamente subiu à tribuna da Casa para criticar a PEC. Segundo ela, o texto “retira direitos mínimos da população mais pobre”, “mexendo profundamente com a Constituição Federal de 88”.

Durante seu discurso, Gleisi ainda reclamou sobre o fato de a PEC não abarcar limites também para o pagamento dos juros da dívida pública. “Podíamos ao menos ter a decência de mexer também no sistema financeiro. É um ajuste capenga, uma vergonha”, afirmou ela.

Já o senador Roberto Requião não discursou nesta terça-feira (13) durante a votação. Ele foi um dos poucos peemedebistas que abertamente, e frontalmente, se posicionou contrário à PEC, a despeito da posição de sua legenda. Durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, Requião também atuou ao lado do PT.

Ao contrário do mandato do deputado federal, que pertence ao partido político, um senador é “dono” do seu mandato. Assim, eventuais penalidades partidárias a senadores “infiéis” não resultam em perda do cargo.

O ex-governador do Paraná sempre foi crítico das soluções para a crise da economia propostas pelo governo federal. Ele já havia rechaçado o documento do PMDB, “Uma Ponte para o Futuro”, apresentado no final do ano passado pelo então vice-presidente da República, Michel Temer. Neste ano, Requião se engajou contra a PEC. Na comissão especial formada no Senado para analisar o texto, o ex-governador do Paraná liderou um voto contrário ao do relator da matéria, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que defendia a aprovação. O paranaense acabou se tornando a principal figura oposicionista dentro do colegiado.

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