Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Câmara

Izar defende voto aberto em processos de cassação

Presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Ricardo Izar (PTB), disse que vai incentivar uma modificação constitucional para que o voto nos processos de cassação deixe de ser secreto

O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), disse nesta quinta-feira (9) que vai incentivar a apresentação de uma proposta de emenda constitucional (PEC) para mudar o sistema de voto em plenário. Na opinião do deputado, a votação dos processos de cassação deve ser aberta e não secreta, como é atualmente.

A decisão de Izar é motivada pelas absolvições dos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP), ontem, no plenário da Casa, contrariando recomendação do conselho. "Precisamos achar uma outra forma e a forma ideal seria o conselho iniciar um movimento de assinaturas para mudar a Constituição e pedir o voto aberto nessas votações de cassação", disse.

Para o deputado Orlando Fantazini (Psol-SP), houve "acordão" nas absolvições de ontem. "Dois deputados de ideologias extremamente opostas fizeram acordo no sentido de absolver. O que me entristece é que os deputados sequer tinham conhecimento do processo. O plenário estava se lixando para o resultado", disse. "Acho que ninguém mais vai ser cassado. O plenário não tem autoridade moral para cassar ninguém", acrescentou.

Desde o início da crise política com as denúncias de corrupção, a Câmara já cassou dois deputados, rejeitou o processo de quatro e ainda vai decidir o futuro de outros 11. Após a absolvição dos deputados Roberto Brant (PFL-GO) e Professor Luizinho (PT-SP), o plenário ainda tem quatro relatório aprovados pelo Conselho de Ética.

No processo contra o deputado Professor Luizinho, votaram pela absolvição 253 deputados e, pela cassação, 183. Abstiveram-se 10 parlamentares e houve três votos em branco. Na votação do processo contra Roberto Brant, 283 deputados votaram pela absolvição e, pela cassação, 156. Oito se abstiveram e um votou em branco. Os processos serão arquivados.

Para ser cassado, um parlamentar responde a um processo disciplinar no Conselho de Ética, que poderá recomendar ou não a perda do mandato. O parecer do Conselho segue para o plenário, a quem cabe a decisão final. A votação é secreta e por meio de cédulas. Para a cassação ser confirmada, é necessário que 257 dos 513 deputados votem a favor da punição.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.