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Dantas e o grupo Opportunity são alvos de seis investigações | Antonio Cruz/ABr
Dantas e o grupo Opportunity são alvos de seis investigações| Foto: Antonio Cruz/ABr

São Paulo - A Justiça Federal determinou a abertura de processo criminal contra o banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity, e mais 13 acusados pela prática de crimes financeiros investigados na Operação Satiagraha da Polícia Federal.O juiz da 6.ª Vara Criminal Federal de São Pau­­lo, Fausto Martin De Sanc­­tis, acolheu denúncia elaborada pelo procurador da Repú­­blica Rodrigo de Grandis, que acusou Dantas de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira, evasão de divisas e formação de quadrilha e organização criminosa.

De Sanctis também determinou a liquidação, em até 48 horas, do Opportunity Special Fundo de Investimentos em Ações. Os recursos oriundos da liquidação deverão ser depositados em uma conta da Caixa Econômica Federal. À época do bloqueio, o fundo reunia cerca de R$ 500 milhões em investimentos.

A nova ação penal é resultado da Operação Satiagraha, iniciada em julho de 2008, e leva Dantas a figurar pela se­­gunda vez como réu em uma ação penal originada na operação. O banqueiro já foi condenado a dez anos de prisão por tentar subornar, por meio de emissários, policiais envolvidos na operação da PF. Dantas nega o crime.

A nova denúncia do Minis­­tério Público apontou, entre ou­­tros crimes, que o Opportu­­nity usou recursos de sua antiga controlada, a operadora Brasil Telecom, para pagar funcionários e despesas do grupo, e abasteceu o caixa do "mensalão’’ – esquema de integrantes de partidos da base aliada do governo para corromper parlamentares – com R$ 3 milhões.

A Satiagraha ainda pode gerar novos processos. Ao receber a denúncia, o juiz também acolheu o pedido de abertura de mais três inquéritos apresentado pelo Ministério Público. Agora passa a seis o total de investigações policiais sobre Dantas e o Opportunity.

Outro lado

Em nota, a defesa de Dantas voltou a negar os crimes. "Os meus clientes ainda não foram citados do recebimento da denúncia. Independen­­te­­mente disso, negamos vee­­men­­temente as imputações recebidas pelo juízo. Os fatos narrados ou não constituem crime ou são falsos, e estão baseados em provas fraudadas no âmbito da Operação Satia­­graha", disse, em nota, o advogado Andrei Schmidt.

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