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Luiz Abi Antoun, primo distante do governador Beto Richa (PSDB) é acusado de ter fraudado uma licitação | Gilberto abelha/Jornal de Londrina
Luiz Abi Antoun, primo distante do governador Beto Richa (PSDB) é acusado de ter fraudado uma licitação| Foto: Gilberto abelha/Jornal de Londrina

O juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina, Juliano Nanuncio, recebeu a denúncia oferecida na semana passada pelo Ministério Público contra o empresário Luiz Abi Antoun, primo distante do governador Beto Richa (PSDB) e de mais seis pessoas que agora são acusadas de terem fraudado uma licitação. A licitação do Departamento de Transportes, órgão da Secretaria Estadual de Administração e Previdência (Seap) resultou na contratação emergencial da Providence Auto Center, para fazer o conserto dos carros do governo do Estado na região. De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a oficina pertenceria a Abi.

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Com o recebimento da denúncia, além do parente do governador, passam a ser réus no processo o empresário Roberto Tsuneda, sócio de Abi em outra empresa, a KLM; Ismar Ieger, considerado “laranja” de Abi na Providence; Paulo Roberto Midauar, empresário de Bandeirantes que teria feito a ponte entre Ieger e o Deto para que a licitação fosse fraudada; Ernani Delicato, então diretor do Deto, que facilitou o processo; José Carlos Lucca, advogado de Abi, acusado dá ter orientado juridicamente a fraude da licitação; e o policial militar Ricardo Baptista da Silva.

Compartilhamento

As outras promotorias e esferas que queriam investigar as denúncias de irregularidades apuradas pelo Gaeco na Operação Voldemort, poderão ter acesso às provas, inclusive às interceptações telefônicas autorizadas pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina. É isso que Nanuncio quis dizer no despacho, ao escrever que defere “eventual compartilhamento de provas colhidas na fase investigativa que precedeu a este processo-crime, inclusive aquelas decorrentes de interceptação telefônica”.

Não é só a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público que poderá ter acesso a essas provas, caso queria investigar a possibilidade de ter ocorrido improbidade administrativa nesse episódio. Se a Secretaria Estadual de Administração e Previdência quiser apurar os fatos em procedimento interno, também poderá fazer uso dessas provas.

Outro lado

O advogado Antônio Carlos Coelho Mendes, que defende Abi, tem dito que não comenta os casos em que advoga na imprensa. Mauro Martins, advogado de Ismar Ieger, disse ontem até ontem à tarde não teve contato com a decisão do juiz. Elizandro Pellin, que defende o também advogado José Carlos Lucca, afirmou que os atos do seu cliente “estão tão somente somente estão adstritos ao regular exercício da profissão de advogado e não constituem crime”. Os advogados dos outros réus não foram localizados ontem à tarde pelo JL.

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