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Marcos Valério: operador de mais um esquema ilegal | Paulo Filgueiras
Marcos Valério: operador de mais um esquema ilegal| Foto: Paulo Filgueiras

O operador Marcos Valério foi condenado por lavagem de dinheiro e evasão de divisas em inquérito relacionado ao processo do mensalão tucano, o suposto esquema de corrupção com desvio de verbas públicas de Minas Gerais que teria ocorrido, em 1998, durante a campanha de reeleição do ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). De acordo com a juíza Rogéria Maria Castro Debelli, titular da 4ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte, Valério fez 23 transferências clandestinas num total de US$ 628 mil para uma conta de Nova Iorque. Conforme a magistrada, o crime de lavagem envolveu valores arrecadados durante o mensalão tucano.

Os fatos foram descobertos pela Força-Tarefa do Banestado, cujos trabalhos apontaram que, de 1998 a 2001, bilhões de dólares foram remetidos do Brasil para o exterior, num dos maiores esquemas de evasão de divisas no país. Além de Valério, foram condenados seus ex-sócios nas agências de publicidade SMP&B e DNA Propaganda, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz. As penas somam 9 anos e dois meses de prisão, além de pagamento de multa de 250 salários mínimos. Os três estão cumprindo pena em Brasília, após terem sido condenados pelo Supremo Tribunal Federal por envolvimento com o mensalão do PT.

A juíza ressaltou que o chamado mensalão tucano foi "uma estrutura organizada para favorecer a chapa composta por Eduardo Azeredo e Clésio Andrade na campanha ao pleito de governador do Estado de Minas Gerais no ano de 1998, por meio do desvio de verbas públicas e obtenção de recursos privados". Azeredo e Clésio negam que tenham cometido qualquer irregularidade.

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