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A Justiça concedeu no início da noite desta sexta-feira (4) a reintegração de posse da Câmara, pedida pelo presidente da Casa, Cabo Patrício (PT). Segundo a assessoria do deputado, um oficial de Justiça iria à Câmara logo após a expedição a liminar para comunicar aos manifestantes sobre a decisão.

Os manifestantes, que ocupam o plenário da Câmara desde quarta-feira (2), dizem que ficarão na Câmara até a saída do governador do DF, José Roberto Arruda, do vice, Paulo Octávio (ambos do DEM), e de deputados distritais supostamente envolvidos no esquema de pagamento de propina a aliados do governo.

O pedido foi feito em caráter liminar, para acelerar o processo de reintegração. De acordo com a presidência da Câmara, a Justiça vai definir a melhor forma de reintegração. Na quarta-feira Cabo Patrício havia dito que não permitiria a entrada da Polícia Militar no local.

Ocupação

Os estudantes ocupam a Câmara desde a última quarta-feira (2). Quando invadiram o Legislativo local, eles chegaram a quebrar portas de vidro e a derrubar um segurança da Casa. Na quinta-feira (3), após a sessão da Casa ser suspensa por falta de quórum, eles voltaram a ocupar o plenário.

Caso

O escândalo do mensalão do DEM de Brasília começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, o governador José Roberto Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.

O escândalo atingiu ainda deputados da Câmara Distrital. O presidente da Casa, Leonardo Prudente (DEM), pediu licença de 60 dias do cargo na última terça-feira (1º). Vídeo gravado pelo ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, que denunciou o suposto esquema, mostra Prudente guardando maços de dinheiro nos bolsos e nas meias.

Na segunda-feira (30), Prudente tentou se justificar. "Eu recebi o dinheiro e coloquei o mesmo nas minhas vestimentas em função da minha segurança. Eu não uso pasta". Ele disse que o dinheiro era "ajuda financeira não contabilizada" para a campanha de 2006.

Em outro vídeo gravado por Durval, deputados rezam abraçados com o ex-secretário. "Pai, eu quero te agradecer por estarmos aqui. Sabemos que nós somos falhos, somos imperfeitos", diz na gravação o deputado Rubens César Brunelli (PSC), corregedor da Câmara, que também pediu licença do cargo.

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