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Quem vai aos fóruns e tribunais vê hoje mulheres por todos os lados, cena muito diferente de um passado não tão distante. Desde que a primeira mulher atuou como defensora já se vão 114 anos. Myrthes Gomes de Campos foi notícia na imprensa carioca em 1899 por defender um acusado no Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Esse cenário não mudou até a década de 60, quando as mulheres não representavam mais do que 2,3% dos juristas em atuação no país.

Atualmente elas ainda são minoria, representam 30% dos operadores do Direito, segundo estatísticas do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Judiciais, mas aos poucos vão ganhando espaço. Na advocacia elas são responsáveis por 45% dos registros na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Na magistratura, já são 31% dos juízes brasileiros. A matéria de capa desta semana conta um pouco das histórias de mulheres de sucesso nas áreas jurídicas em que atuam, que tiveram de se esforçar para se destacar entre os homens. Entre as histórias está a da advogada e professora de Direito Penal Priscilla Placha Sá, que chegou a ser confundida em delegacias com a vítima mais de uma vez. Ela agora vai entrar para a história como a primeira mulher a dar nome a uma turma da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Já o entrevistado desta semana é o relator geral da comissão do novo Código de Processo Penal, Eugênio Pacelli. O jurista defende menos incriminação e mais soluções sem que se recorra ao Direito Penal. Pacelli, com seu jeito despojado, prefere usar calça jeans e blazer no lugar de terno e não abandona sua pulseirinha de couro da época em que foi hippie, segundo ele, para não esquecer o passado.

Além disso, trazemos nesta semana quatro artigos. Em um deles os advogados Andrea Secco e Gustavo Henrique de Faria tratam da responsabilidade das empresas que disponibilizam sites comparativos de preços.

Bom leitura!

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