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Barbosa Neto, no último dia, está liberado para pedir voto para Belinati na tevê e rádio | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
Barbosa Neto, no último dia, está liberado para pedir voto para Belinati na tevê e rádio| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

A exemplo do tom adotado pela campanha até agora, a guerra jurídica travada entre as duas campanhas em Londrina cresceu ainda mais ontem. O juiz Luiz Gonzaga Tucunduva de Moura, da 189ª Zona Eleitoral, responsável pela propaganda eleitoral, fez vários despachos referentes ao horário eleitoral. Uma das decisões do juiz de maior impacto foi a liberação da veiculação da imagem do deputado federal Barbosa Neto (PDT) no horário eleitoral de Antonio Belinati (PP), revertendo decisão da véspera. Ele havia proibido a veiculação, atendendo a um pedido da campanha de Luiz Carlos Hauly (PSDB), que alegava que o PDT apoiava o tucano e não Belinati. A campanha belinatista reverteu a decisão apresentando ata da reunião do PDT, liberando os votos dos filiados.

Outra vitória de Belinati no Judiciário foi um direito de resposta que será veiculado hoje à noite. A campanha do ex-prefeito ganhou um minuto (duas inserções de 30 segundos cada) para responder a uma peça, na qual uma criança questionava o pai se podia roubar e por que um político que roubou era candidato. O ex-prefeito obteve ainda uma liminar retirando do ar uma peça que mostrava recortes de jornais e trechos de reportagens sobre a cassação e prisão de Belinati em 2000 e em 2001. O juiz entendeu que a peça utilizava-se de trucagem, o que é proibido pela legislação eleitoral.

A campanha de Hauly também obteve vitórias: Moura indeferiu um pedido para cancelar a veiculação de um trecho de um programa de tevê exibido em 2000, em que Barbosa Neto critica Belinati e o chama de "cara-de-pau".

O advogado da campanha do PSDB, Alexandre Hauly, disse que não pretende recorrer de algumas decisões, como no caso da proibição de que a imagem de Barbosa Neto seja veiculada no horário eleitoral. "Estamos priorizando alguns trabalhos, já que temos um volume muito grande de processos e recursos", declarou o advogado. Segundo Alexandre Hauly, a prioridade é para os pedidos de impugnação contra pesquisas. "As pesquisas podem interferir no resultado da eleição", argumentou.

Já o advogado Eduardo Franco, da campanha de Belinati, avalia que a campanha tucana usa uma "estratégia de guerrilha" na esfera jurídica. Ele cita como exemplo o pedido para que Barbosa Neto fosse retirado do ar. Ele lamentou o tom que a campanha está tomando também na esfera jurídica. "Não gostaríamos que fosse dessa forma, uma batalha de tribunal. Deveria ser uma batalha política, de propostas, mas estamos preparados para absorver as pancadas da melhor forma possível", concluiu.

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