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Serra e Kassab: troca de elogios marcou posse do prefeito reeleito | Adriano Vizoni/Futurapress
Serra e Kassab: troca de elogios marcou posse do prefeito reeleito| Foto: Adriano Vizoni/Futurapress

São Bernardo

Marinho diz ter "simpatia" por democrata

O novo prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), disse ter "simpatia política’’ pelo prefeito reeleito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e defendeu que o colega lidere um processo de articulação de prefeituras da Grande São Paulo com os governos estadual e federal. Marinho disse que o DEM fará parte de seu governo, uma vez que uma articulação com o prefeito paulistano garantiu ao petista a maioria na Câmara Municipal.

Segundo Marinho, a boa relação com Kassab não tem ligação com as eleições futuras e sim com "gestão pública’’. "Temos de ter maturidade para separar as coisas. O presidente Lula e o governador Serra mostraram que é possível." Por conta da crise financeira, que já afeta o polo automotivo de São Bernardo, Marinho anunciou um congelamento de 10% do orçamento de R$ 2,3 bilhões.

São Paulo - O prefeito reeleito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), usou boa parte de seu discurso de posse para desempenhar o papel de cabo eleitoral do governador José Serra (PSDB), seu padrinho político e antecessor na prefeitura, que pode se candidatar à Presidência da República em 2010. Kassab não poupou elogios ao tucano e o chamou de "maestro". "Como diz o nosso maestro José Serra, política é ampliar as fronteiras do possível", disse o prefeito. "Neste segundo mandato seremos o mesmo governo, com o mesmo plano de governo revigorado por nossos desafios."

Kassab usou uma metáfora futebolística para falar sobre a "presença" de Serra em sua administração, mesmo após o tucano ter deixado o cargo de prefeito para assumir o governo estadual. O democrata comparou a sua gestão com a seleção brasileira dos tempos de Pelé, citando que após a saída do jogador, a seleção continuou com a "mesma espinha dorsal". E aproveitou para alfinetar a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), sua maior adversária nas eleições. Ele relembrou a situação financeira do município no final do mandato da petista e citou como exemplo o suposto calote nos credores.

Ao falar sobre a gestão que se inicia, Kassab citou a crise econômica internacional para falar de responsabilidade financeira. "Decidimos manter nossos investimentos em áreas sociais, na educação, na saúde. Cortando, cautelarmente, os gastos nas outras áreas", afirmou, lembrando críticas que recebeu ao longo da campanha eleitoral para justificar o fato de ter "segurado" dinheiro em caixa. "Eles [adversários políticos] falavam como a cigarra da fábula de La Fontaine, debochando da formiga por se preocupar com o inverno. Fomos prudentes. Somos prudentes. Mas não devemos atentar para a crise além do que manda a prudência."

Serra, o único a discursar além de Kassab, também elogiou o antigo vice. "Esta reeleição consagrou a liderança jovem, muito mais do que promissora, porque já está fundamentada na experiência quase insuperável que é governar São Paulo com as dimensões de seus problemas, por dois anos e nove meses", afirmou.

Oposição "cooperativa"

Antes da posse na sede da prefeitura, Kassab participou de sessão solene na Câmara de Vereadores. E agradeceu os vereadores do PT, que, em sua avaliação, fizeram um trabalho responsável como oposição. Para o prefeito, o relacionamento com os vereadores foi de cooperação e isso resultou em desenvolvimento à cidade de São Paulo, "com avanços extraordinários", principalmente nas áreas de saúde, educação e no combate à poluição. Ele mencionou especificamente o projeto Cidade Limpa, um dos carros chefes de sua campanha à reeleição.

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