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A Polícia Federal está convencida de que o delegado Paulo Lacerda teve participação decisiva na intensa colaboração que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sob sua gestão, prestou à investigação contra o banqueiro Daniel Dantas. Preliminarmente, a PF exclui a hipótese de que o engajamento de agentes e oficiais da Abin na Operação Satiagraha tenha ocorrido sem o consentimento expresso de Lacerda, por isso ele será chamado para depor no inquérito que apura vazamento da missão que tem como alvo maior o controlador do Grupo Opportunity.

O inquérito já constatou que 84 arapongas da Abin foram recrutados pelo delegado Protógenes Queiroz, mentor da Satiagraha. Eles tiveram acesso a informações confidenciais, protegidas por sigilo judicial. Parte desse efetivo prestou depoimento. Um deles, que atua na base de operações da Abin no Rio, contou que recebeu "ordens superiores" para escalar agentes para a investigação. Um araponga, "desconfiado" dos objetivos da Satiagraha, declarou que pediu para sair do caso.

A PF planeja indiciar Protógenes por quebra do sigilo funcional, violação da Lei do Grampo e usurpação da função pública - crimes que o delegado teria praticado ao atribuir à equipe da Abin procedimentos de competência exclusiva da PF. Alguns arapongas ficaram encarregados de fazer monitoramento telefônico de investigados. Protógenes chegou a usar uma sala da Abin, em Brasília.

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