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Na madrugada do dia 7 de maio de 2009, Fernando Ribas Carli Filho saiu de um restaurante e dirigia para casa quando o carro dele, um Passat preto, bateu contra um Honda Fit, ocupado pelos jovens Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20. A batida foi no cruzamento das ruas Monsenhor Ivo Zam­­lorenzi e Paulo Gorski, no Mos­­sunguê, em Curitiba. Yared foi buscar Al­­meida no Shopping Barigui, onde ele trabalhava.

Um laudo do Instituto de Criminalística aponta que o ex-deputado dirigia a uma velocidade entre 161 km/h e 173 km/h, em uma via em que a máxima permitida é 60 km/h. Como a colisão foi forte, os dois jovens morreram na hora. Um deles teve a cabeça separada do corpo devido ao impacto. Carli Filho teve traumatismo craniano, chegou a ficar internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e conseguiu recuperar-se. Hoje vive em Guarapuava, cidade em que o pai, Fernando Carli, é prefeito.

O exame de dosagem alcoólica no sangue colhido do ex-parlamentar no hospital indica que ele estava embriagado. Po­­rém, o juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar considerou ilegal o uso do material no processo porque o exame não foi autorizado pelo réu. Porém, Avelar afirmou que "há que se ressaltar que a desconsideração do resultado do exame de sangue não significa dizer que o réu não se encontrava embriagado".

O caso Ribas Carli teve repercussão nacional. Em reportagem, a Gazeta do Povo revelou que ele tinha 130 pontos na carteira de habilitação, a maioria das multas por excesso de velocidade. No dia 29 de maio do ano passado, Carli Filho renunciou ao cargo de deputado estadual. Foi a primeira renúncia na história da Assembleia Legislativa do Paraná. No dia 11 de agosto, o delegado Armando Braga de Moraes concluiu o inquérito e indiciou Carli Filho por duplo homicídio com dolo eventual. (HC)

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