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novo governo

Líderes da base pedem que Temer retire projeto de recriação da CPMF

Deputados se reuniram com presidente interino, que não fechou nome do líder do governo

Presidente interino Michel Temer se reuniu com líderes da base nesta terça-feira (17). | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Presidente interino Michel Temer se reuniu com líderes da base nesta terça-feira (17). (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em reunião com o presidente interino, Michel Temer, líderes da base aliada na Câmara dos Deputados pediram que o peemedebista retire da Comissão de Constituição e Justiça o projeto que recria a CPMF. A ideia partiu do deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

“A CPMF está estigmatizada. As pessoas odeiam a CPMF”, disse o parlamentar ao presidente.

Segundo relatos dos participantes, a ideia foi apoiada pela grande maioria dos líderes. Em seguida, a deputada Renata Abreu (PTN-SP), sugeriu a Temer a legalização dos jogos de azar. A ideia, segundo os parlamentares presentes, não teve explícita aquiescência, como ocorreu com o imposto.

No caso da CPMF, Temer afirmou que a posição dos deputados será levada em consideração nas conversas que terá com a equipe econômica. “Vou analisar este pleito”, respondeu o presidente a Jovair.

Quanto aos jogos de azar, Temer também foi evasivo, segundo os presentes.

Na reunião, não foi fechado o nome do novo líder do governo na Câmara. O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que pediu “paciência” em torno das nomeações, disse que Temer quer ouvir todos os líderes da base para tomar sua decisão. O ministro afirmou que Temer manifestou um “desejo claro de governar de mãos dadas com o Congresso”

“O presidente Temer ainda não definiu ainda essa questão. Estamos convencidos de que esta é uma prerrogativa do presidente, mas estamos conversando para ter uma solução que não desunifique a base, mas que nós tenhamos essa questão resolvida o mais rápido possível”, disse durante entrevista após a reunião.

Geddel afirmou que Temer pediu aos líderes que agilizem a votação das Medidas Provisórias que trancam a pauta, liberando espaço para que a revisão da meta fiscal seja votada com urgência. “O Congresso terá de mostrar ao Brasil que está trabalhando”, disse.

Antes da reunião com o presidente interino, um grupo de deputados, entre eles, Jovair e Paulo Pereira da Silva (SD-SP), entregou ao ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) um documento assinado por pelo menos 224 deputados de 13 partidos, pedindo a indicação de André Moura para líder do governo na Câmara.

Agitado e falando rápido, Geddel disse que este é praticamente o segundo dia útil do governo e estão cobrando medidas e nomes como se estivessem há quatro anos no comando do país.

“Eu ainda estou nomeando a minha equipe e a minha sensação é que estamos num governo de quatro anos, quando vejo as cobranças. Digo isso para ressaltar esse pedido de paciência `às pessoas que estão cobrando certas ações”, disse.

Perguntado sobre o fato de alguns ministros estarem sendo desautorizados por Temer por declarações não combinadas, Geddel ironizou: “Eu é que estou sendo incapaz de transmitir a vocês aquilo que vocês me perguntam”, disse.

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