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Dilma enfrenta a resistência de peemedebistas e o receio do PP | josé Cruz/ABr
Dilma enfrenta a resistência de peemedebistas e o receio do PP| Foto: josé Cruz/ABr

Curitiba, São Paulo e Brasília - O anúncio de que o PMDB paranaense não aceita coligar-se com a provável candidata petista Dilma Rousseff na eleição presidencial de 2010 faz parte de uma estratégia que está sendo costurada pelos líderes do partido insatisfeitos com a subordinação da legenda ao PT. Eles acertaram que intensificarão a resistência à direção nacional do partido, que pretende indicar o presidente nacional licenciado da legenda, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para a vaga de vice de Dilma.

A ideia é trazer para a seara de oposição a Dilma diretórios onde a situação está indefinida ou onde há espaço para negociação, como Paraná, Minas Gerais, Santa Ca­­­tarina, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul. Bastiões da oposição, Pernambuco e São Paulo, onde o PMDB é controlado pelo senador Jarbas Vasconcelos e pelo ex-governador Orestes Quércia, respectivamente, defendem aliança com PSDB.

Ontem, Quércia conversou com o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, para aprofundar o contra-ataque. "Agora, o esforço é para organizar (a oposição à tese de apoio a Dilma)", disse Quércia, para quem a instância legítima para definir as alianças do PMDB é a convenção nacional em junho.

No caso do Paraná, cogita-se nos bastidores que o PMDB poderia inclusive aceitar uma coligação com o PSDB nas esferas nacional e estadual. No caso, o governador Roberto Requião sairia candidato ao Senado com o apoio do candidato tucano ao governo do estado. Hoje, o senador tucano Alvaro Dias seria o nome ideal para lançar-se ao Palácio Iguaçu e promover uma composição entre os dois partidos no Paraná. No entanto, há uma ala de peemedebistas que defendem inclusive o nome do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), com quem Requião teve uma briga política recente.

Acerto adiado

Não é só em parte do PMDB em que a articulação pró-Dilma tem sofrido revezes. O PP, partido da base de Lula, não dá sinais de que vai atender aos apelos de integrantes do governo em curto prazo para formalizar a aliança com o PT na eleição presidencial. Às vésperas do PP se reunir com a Dilma para discutir alianças, integrantes da legenda admitem o racha da bancada – apesar de Dilma ter a simpatia de grande parte do partido. Antes de decidir se vai integrar oficialmente a chapa de Dilma, o PP quer solucionar impasses regionais provocados pela eventual aliança com o PT em nível nacional.

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