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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta sexta-feira os prefeitos que assumiram na quinta-feira planejando cortes de investimentos em infra-estrutura. Lula disse que a aplicação de dinheiro em obras, além de benefícios para a comunidade, vai gerar empregos e renda. O presidente ressalvou, no entanto, os cortes de custeio da máquina pública e confirmou, para o dia 10 de fevereiro, uma ampla reunião com os prefeitos que tomaram posse no dia 1º.

- Eu ouvi prefeitos dizendo que vão fazer contenção de custeio. Custeio não é investimento. Agora, se o prefeito tiver uma obra, e ele resolver parar, eu pergunto: qual o dinheiro melhor empregado do que numa obra? Porque a obra vai trazer benefício para a comunidade, vai gerar emprego para a comunidade, vai distribuir renda e conseqüentemente mais renda para o município - disse.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), anunciou um corte orçamentário de R$ 1,5 bilhão em pessoal e contratos. Já o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirmou que só serão preservados de cortes as áreas de saúde, educação e transportes . Lula defende a manutenção dos investimentos públicos em obras como instrumento de combate à crise econômica internacional.

- Eu não acho que nenhum prefeito, nenhum governador, e muito menos o governo federal, deva parar qualquer obra de investimento na área de infra-estrutura. Eu já disse, já afirmei que no governo federal nós vamos combater essa crise internacional fazendo mais investimento, mais ferrovia, mais rodovia, mais escola, porque é assim que a gente combate a crise - argumentou.

O presidente disse que o país precisa estar preparado para "não perder o trem da história" quando a crise terminar. Para Lula, o Brasil tem de trabalhar com a convicção de que os países ricos têm mais interesse de resolver a crise, porque estão em recessão, enquanto aqui a previsão é que haverá uma desaceleração da economia.

- Eu estou convencido de que nós precisamos estar preparados para quando a crise acabar. Se nós tivermos fazendo um investimento, e a gente parar agora, para começar quando a crise terminar, nós poderemos perder o trem da história - afirmou.

De camiseta azul marinho sem mangas, bermudão azul claro e sandálias havaianas brancas, o presidente Lula interrompeu nesta sexta-feira seu descanso para uma agenda de trabalho com o administrador da ilha, Romeu Baptista, voltou a dizer que tem medo de água e brincou com sua forma física.

O presidente está na ilha desde o dia 30, acompanhado da primeira-dama Marisa Letícia, de familiares e do ex-prefeito de Diadema Jacó Bittar. Ele disse que deve deixar Noronha no domingo, para permitir que outras pessoas conheçam as belezas da ilha. A previsão é de que ele siga para a Base da Marinha em Aratu, na Bahia, onde pretende descansar até o dia 10 de janeiro.

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